Simone Mendes e mais: veja famosas adeptas do jejum intermitente e opinião de especialistas sobre a dieta polêmica

Em bate-papo com a Ela, a médica nutróloga Ana Luísa Vilela e a psicóloga Valeska Bassan, especialista em transtornos alimentares, falam sobre o método para perder peso

Por — Rio de Janeiro


Simone Mendes, Jade Picon e Adriana Sant'Anna são adeptas do jejum intermitente Reprodução Instagram

Entre as famosas que adotam o jejum intermitente, Simone Mendes se destaca por ter iniciado a prática. Além de ajudar no emagrecimento, a técnica consiste em se abster da alimentação durante longos intervalos de tempo. Segundo a cantora, ela chega a ficar 16 horas seguidas sem consumir qualquer tipo de alimento.

Além de Simone, Adriana Sant'Anna, Jade Picon, Sophia Valverde, Juliana Paes, Deborah Secco e Sabrina Sato já se renderam ao método, ideal para quem deseja perder peso.

Em conversa com a Ela, a médica nutróloga Ana Luísa Vilela conta como funciona a dieta.

"O jejum intermitente um método de consumo alimentar que alterna períodos de alimentação com períodos de inanição (não comer). É uma estratégia alimentar que vem ganhando adeptos principalmente para pessoas que querem perder peso. O jejum pode ser de 8, 12, 16 e até 20 horas no dia.

Estudos mostram benefícios para pessoas que praticam usualmente essa técnica como melhora colesterol, queda glicemia, diminuição gordura viceral. Jejuns maiores de 20 horas precisam ser vistos com cuidado e vários riscos, por isso, devem ser supervisionados por indicação médica.

Apesar dos benefícios não podemos dizer ainda que o jejum é melhor que dietas balanceadas sem períodos de jejum. Os resultados foram semelhantes em ambos processos.

Vale ressaltar que o importante é a aderência do paciente e a comodidade de cada método.

As grandes desvantagens da prática são mal estar e cefaleia, e ainda existe contraindicação para grávidas, crianças, diabéticos ou ainda pessoas com distúrbios alimentares (bulimia, por exemplo) e, em especial, sem acompanhamento adequado.

O jejum deve vir junto com uma alimentação adaptada a cada pessoa. Sendo assim, nada melhor que um profissional da área para adaptar as necessidades diárias de nutrientes as estratégias de consumo alimentar."

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A psicóloga Valeska Bassan, especialista em transtornos alimentares, explica por que não concorda com um regime intermitente.

"A compulsão alimentar surge de uma dieta restritiva. Por isso, existe a possibilidade de desenvolver transtorno alimentar. Como a pessoa fica 10 horas, 11 horas, sem comer e depois de um determinado espaço de tempo pode comer tudo, isso acaba servindo de incentivo para episódios compulsivos.

Não é só a compulsão que pode surgir, mas também a bulimia nervosa, porque a gente pode pensar no jejum intermitente como um comportamento compensatório. Psicologicamente falando, eu acho que é uma porta que se abre para desenvolver o transtorno alimentar ou, para quem já tem a bulimia nervosa, é uma forma que ela encontra de justificar a bulimia."

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