'A arte do Vogue': conheça Bruxa Cósmica, artista mineira que é ícone no universo 'Ballroom' carioca

Victórya Gabrielle, de 23 anos, lançou em julho o EP Vogue Club

Por — Rio de Janeiro


Bruxa Cósmica Reprodução / Instagram

RESUMO

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GERADO EM: 04/08/2024 - 13:39

Bruxa Cósmica lança EP Vogue Club na cena Ballroom carioca

A cantora não-binária Bruxa Cósmica lança EP Vogue Club, destacando-se na cena Ballroom carioca. Ela valoriza a diversidade LGBTQIAP+ e a importância do Vogue como ferramenta de conscientização e respeito. Seu trabalho reflete influências eletrônicas dos anos 1990 e 2000, buscando universalidade em sua arte.

A cantora não binária Victórya Gabrielle, conhecida como Bruxa Cósmica, vive momento inédito na carreira ao celebrar 1 mês de lançamento de seu primeiro EP, intitulado Vogue Club. Ela foi uma das organizadoras da primeira batalha de vogue no Rio de Janeiro e é apadrinhada por José Xtravaganza, coreógrafo da mega turnê Blond Ambition de Madonna.

Em entrevista ao Globo, a artista, de 23 anos, falou sobre a importância da cultura ballroom para o acolhimento de pessoas LGBTQIAP+. Nascida em Minas gerais, veio, com 17 anos, morar no Rio de Janeiro para estudar o Vogue. "O Vogue me acolheu, me deu força e fez eu me afirmar como artista. Eu me sinto honrada por ter encontrado algo tão forte", expressa Bruxa.

Este ano, ela também participou do documentário "Segura Essa Pose" do Globoplay, onde contou um pouco sobre sua trajetória na arte do Vogue. Para ela, esta expressão artística e política ensina sobre o respeito à diversidade.

— O vogue é uma arte de importante suprema para educar a sociedade sobre respeito, acolhimento e amor às diferenças. Acredito que para o Brasil e toda América Latina, ter consciência sobre o quão diversos somos, agrega muito a nossa responsabilidade territorial, enquanto potência de biodiversidade. A arte é um instrumento importante de conscientização para assuntos sérios e profundo — conta.

Ela acredita na 'cena clubber', expressão que designa a reunião de frequentadores das festas e danceterias voltadas para o Ballroom, como um espaço a ser valorizado.

— O Ballroom desempenha um papel super importante em gerar espaço de criatividade e inovação. É preciso potencializar culturas e promover valorização para esse som continuar vivo, celebrar as pessoas em seus espaços de atuações. Principalmente no Brasil, que a música eletrônica acontece fora dos grandes festivais, em festas independentes, na rua, nas periferias, é necessário gerar espaços de visualização do que a gente produz — explica a artista.

Em seu novo EP, as músicas contam com inspirações nas músicas eletrônicas aos anos 1990 e 2000, além de referências ao House Music e Vogue Beat.

— O EP Vogue Club representa só o início! É realização de um trabalho bem feito e entregue, dentro dessa pesquisa que venho desenvolvendo em 10 anos de carreira enquanto performer, artista. Quero fazer música para todas as pessoas, música é universal e eu quer traduzir a minha arte os meus ideais, minha expressão, pra gerar uma identificação horizontal pra todo mundo— afirma.

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