A crise no Vélez Sarsfield, marcada por agressão e ameaças de morte aos jogadores, gerou um novo desdobramento. O presidente do clube Sergio Rapisarda, se afastou do cargo. Ele tomou a decisão após uma reunião com a diretoria.
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A notícia empoderou os torcedores. Ao tomar conhecimento do afastamento de Rapisarda, diversos deles foram à sede do Vélez para estender as ameaças aos demais dirigentes.
"Que vão todos, que não fique um sequer", bradaram os torcedores.
Segundo a imprensa argentina, eles se dirigiram ao hall central da sede do Vélez a tempo de encontrar alguns dirigentes deixando a reunião. Houve empurrões, insultos e objetos foram arremessados contra eles.
A agressão aos jogadores ocorreu após a derrota do clube por 1 a 0 para o Huracán, neste domingo. O atacante Gianluca Prestianni, de 17 anos, revelou ameaça de morte e pediu para deixar o time.
— Eles me agarraram duas vezes pelo pescoço e me bateram — disse Prestianni, relatando o que ouviu: — "Vou dar um tiro nas pernas de vocês".
Além de Prestianni, os jogadores Santiago Castro, Valentín Gómez e Leo Jara também foram agredidos. Castro, de apenas 18 anos, teria levado tapas na cara.
De acordo com o La Nacion, os barrabravas entraram na sede do clube em "cinco ou seis carros". Eles teriam danificado os veículos dos jogadores.
— Um carro passou por mim, eles pegaram minha jaqueta, queriam que eu saísse e me disseram que iam atirar em minhas pernas algumas vezes — afirmou Jara.
Prestianni contou que esses torcedores têm sido vistos, recentemente, com frequência na sede do clube. E a presença deles incomoda os jogadores.
O Vélez sofre com os maus resultados. A equipe terminou o Campeonato Argentino na 25ª colocação, em um total de 28 participantes. Agora, os times são divididos em dois grupos para a disputa da Copa da Liga.
A nova eleição do Vélez está marcada para daqui a três meses. Até lá, o primeiro vice-presidente Diego González é quem deve assumir a função.