Análise: Fluminense dá demonstração de força e transforma desastre em união antes de 'final' pela Libertadores

Nino é expulso ainda na primeira etapa, mas Lelê e Gabriel Pirani marcam para encerrar série negativa do tricolor

Por Marcello Neves — Rio de Janeiro (RJ)


Lelê marca para o Fluminense contra o Bahia MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Tinha tudo para ser um desastre. Caminhou para ser. Mas o Fluminense transformou tragédia em vitória. No Maracanã, uma virada relâmpago fez com que os gritos de "time sem vergonha" se transformasse em "de guerreiros" na vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, neste sábado, no Maracanã. Mas mais importante que o triunfo, foi o clima de união antes de uma 'final' na Libertadores.

Na próxima terça-feira, o Fluminense entra em campo para enfrentar o Sporting Cristal, pela última rodada da fase de grupos. Precisa vencer ou empatar para se classificar às oitavas de final. Se perder, dificilmente não estará eliminado. Por isso a partida contra o Bahia se mostrou tão importante. Não apenas para retomar o caminho das vitórias, mas para recuperar a confiança antes da decisão na Libertadores.

Por isso a imagem da partida é o apoio após o apito final. Nas arquibancadas e no campo, uma mensagem de união. Mais do que necessário em momento de crise. Diante do Sporting Cristal, jogadores e torcedores deixarão de lado a série de tropeços para focar no mesmo objetivo, classificar na Libertadores. A construção dessa imagem ainda aconteceu com doses de redenção.

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Marcelo, por exemplo, foi apoiado pelas arquibancadas na semana das notícias sobre problemas internos com envolvimento do lateral-esquerdo. Inicialmente, falhou no lance do gol do Bahia. Mas, de modo geral, teve boa atuação. Tanto que foi aplaudido a ser substituído no segundo tempo.

O mesmo não dá para dizer de Nino. Ainda na primeira etapa, o capitão foi expulso numa entrada dura e inconcebível para um atleta de sua qualidade e importância. Então, a crise tomou conta do estádio: xingamentos ao presidente Mário Bittencourt, ao técnico Fernando Diniz — que, suspenso, foi substituído por Eduardo Barros — e gritos de "time sem vergonha" para a equipe tricolor.

O problema é que, apesar de tudo ter dado errado, não dava para dizer que o Fluminense jogou mal. Mesmo com um a menos, o Fluminense manteve a pressão no segundo tempo e conseguiu a virada com menos de 15 minutos. Primeiro com Lelê, depois com Gabriel Pirani. Dois dos atletas mais vaiados pelos torcedores antes de a bola rolar. Os dois escolhidos pelo técnco Fernando Diniz para substituir medalhões, poupados.

o apito final, o "time sem vergonha" voltou a ser "de guerreiros". Sinal de apoio para a equipe, que deu o primeiro passo para voltar aos trilhos.

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