Mesmo sem nomes emblemáticos do passado recente da seleção brasileira, como Thiago Silva, Casemiro e Neymar, o time comandado por Dorival Júnior está bem representado quando o assunto é liderança. Dentro de campo hoje, contra a Colômbia, às 22h, no Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, o Brasil terá no capitão Danilo a figura de comando e, ao mesmo tempo, de equilíbrio entre o racional e o emocional para tentar buscar a vitória que colocará o elenco na primeira posição do Grupo D.
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Titular absoluto na lateral direita, Danilo também é responsável por manter o jovem elenco — aos 32 anos, ele é o segundo mais velho entre os convocados, atrás apenas do terceiro goleiro Rafael, de 35 — com os pés no chão em meio à tradicional pressão por resultados e boas atuações, e ao mesmo tempo cientes da responsabilidade e do privilégio que é vestir a camisa da única seleção pentacampeã mundial.
— O Danilo falou para nós. Creio que o sonho de todos, de garoto, era vestir a camisa da seleção brasileira. E quando viemos para cá não é diferente. É o que queremos, colocar na nossa carreira e na nossa vida que vestimos a camisa da seleção. Não importa se é Copa América, Eliminatórias ou Copa do Mundo — disse Endrick.
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Na seleção desde 2011, quando tinha apenas 20 anos, Danilo carrega consigo os ensinamentos psicológicos que adquiriu nos tempos de Real Madrid, quando sofreu de depressão, e um cardápio bem amplo de inspirações. A lista vai de nomes mundialmente estrelados e que foram companheiros do lateral, como Buffon, Sérgio Ramos e Kompany, até ex-companheiros de Brasil, como o goleiro Julio Cesar, os zagueiros Lúcio e Thiago Silva e o volante Fernandinho. Além disso, ele também se inspira em quem, desde a infância, lhe ensinou os princípios de um líder: o pai, José Luiz.
Além do trabalho interno, Danilo também tem sido o responsável por funcionar como um “escudo” do elenco brasileiro. Após a estreia ruim contra a Costa Rica, o lateral permaneceu em campo por alguns minutos discutindo com torcedores que criticavam os jogadores. O lesionado Neymar, que assistia o jogo, foi quem o tirou da confusão. O atacante do Al-Hilal também tem sido figura constante no vestiário da seleção.
— Fico satisfeito quando escuto meus companheiros falarem de mim dessa maneira. Anos atrás tive minhas referências. Agora estou pagando o que recebi — disse Danilo.