Presidente da Argentina fala de ataque a Lionel Messi: 'Algo mais terá que ser feito'

Alberto Fernández admitiu preocupação com a segurança da cidade de Rosário, onde o crime praticado no supermercado da família da esposa do jogador aconteceu

Por La Nacion — Rosário


Antonela Roccuzzo e Lionel Messi durante premiação da Fifa, em Paris Franck Fife/AFP

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, comandou uma manifestação na cidade de Salta, nesta quinta-feira, após o ataque a tiros no mercado da família de Antonela Roccuzzo, esposa de Lionel Messi. O líder argentino se referiu à situação em Rosário, cidade natal do craque do PSG, com preocupação. "Estamos fazendo muito, mas obviamente algo mais terá que ser feito", disse ele.

— O problema da violência e do crime organizado é muito grave, e algo deve ser feito pela população de Rosário e Santa Fé —, alegou Fernández. Em consonância com as declarações do ministro da Segurança, Aníbal Fernández, o presidente indicou que, logo após o episódio de violência, se comunicou com o prefeito de Rosário, Pablo Javkin, e com o chefe de gabinete local.

— Hoje, recebi uma notícia muito feia sobre Rosário. Imediatamente, entrei em contato com o prefeito da cidade e o chefe de gabinete [Agustín Rossi], e disse a ele: "vamos começar agora" —, destacou o presidente.

Na manhã desta quinta, bandidos atiraram 14 vezes na fachada de uma filial do Supermercado Single, a qual pertence à família paterna de Antonela. Os autores do crime, dois homens a bordo de uma motocicleta, deixaram um pedaço de papel manuscrito onde se lê um recado intimidador com os dizeres: "Messi, esperamos por você. Javkin [Pablo, o prefeito] é um traficante, ele não vai cuidar de você".

A resposta de Aníbal Fernández

Anteriormente, o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, havia se referido ao caso e destacado as ações do governo federal em Rosário. "Nossa presença é muito forte", assegurou, além de garantir que o presidente "está se cuidando, porque está muito preocupado com a situação" no município.

— Desde o primeiro momento, estamos com todo o nosso efetivo das quatro forças, que são mais de 3.500 militares, e investindo dinheiro nacional para tentar inverter esta situaçã, porque estamos convictos de que é o caminho. Temos o resultado: foram 2.077 detidos em 2022”, explicou Fernández, reconhecendo que “isso não chega”.

Ao longo de seu discurso, Alberto Fernández se referiu à violência desencadeada em Rosário e a outros problemas que o país enfrenta e, em seguida, se aprofundou na importância de "unir esforços" para chegar ao federalismo .

— Tudo é argentino. A Argentina que sofre a violência de Rosário, a que tem que lutar contra o Fundo Monetário Internacional [FMI] para continuar crescendo e se desenvolvendo, e a Argentina que precisa do apoio do Estado nacional para continuar se desenvolvendo — defendeu o político.

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— A Argentina não é só as grandes cidades, mas a imensidão de lugares como La Poma, na província de Salta. Não há argentinos de primeira nem de segunda classe. Temos que construir um verdadeiro país federal —, concluiu.

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