Empresa de Leila Pereira vence licitação da Arena Barueri; relembre todos os negócios da presidente do Palmeiras

Além de mandatária do clube, Leila preside a Crefisa e a FAM, patrocinadoras do alviverde. Ela também é dona da Placar Linhas Aéreas, que comprou um avião para a equipe no começo do ano

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras Cesar Greco/Palmeiras

A licitação aberta para concessão da Arena Barueri, na região metropolitana de São Paulo, foi vencida pela empresa Crefipar. Esta é uma das componentes do grupo Crefisa, que pertence a Leila Pereira, presidente do Palmeiras. A prefeitura do município decidiu transferir a gestão do estádio para a inciativa privada, por conta dos altos custos.

Segundo o edital da licitação, o valor estimado do contrato é de cerca de R$ 514,9 milhões, e o prazo é válido por 35 anos. Conforme noticiado inicialmente pelo UOL, o grupo de Leila poderá explorar os direitos comerciais do estádio, assim como precisa investir na estrutura do local e em obras de modernização.

O alviverde também tem planos de utilizar a Arena em jogos nesta reta final de temporada, já que o Allianz Parque tem um vasto calendário de shows que o deixam indisponível. O clássico contra o Santos pelo Brasileirão, no dia 8 de outubro, será no local. Inclusive, há planos de instalação de um gramado sintético.

No entanto, a conquista da administração do estádio é mais um episódio que demonstra os objetivos comerciais da mandatária alviverde, para além do seu cargo no clube. Conselheiros, opositores e a própria torcida estão atentas a este conflito de interesses, pois Leila também é presidente da própria Crefisa e do Centro Universitário das Américas (FAM), ambas patrocinadoras da equipe paulista.

Crefisa

Leila Pereira divide o comando da instituição financeira voltada a empréstimos com José Roberto Lamacchia, fundador da empresa, e com quem ela é casada desde 1998. Empresária, banqueira, advogada e jornalista, ela realizou uma empreitada no mundo empresarial até assumir a presidência em 2008. Ela também participa da gestão de outras 11 empresas do grupo do marido.

A Crefisa patrocina o Palmeiras desde 2015, o que permitiu que Leila entrasse nos bastidores do alviverde. Além de patrocinadora e credora, ela passou a integrar o Conselho Deliberativo em 2017. O valor do patrocínio ao time chega a, pelo menos, R$ 80 milhões fixos por ano, podendo alcançar R$ 120 milhões de acordo com metas.

Leila foi a primeira mulher eleita presidente do Palmeiras, em novembro de 2021. Com mandato até 2024, a empresária tem desejo de continuar no comando do clube até 2027.

FAM

O Centro Universitário das Américas (FAM) é a outra empresa de Leila e Lamacchia que estampa a camisa do Palmeiras. Assim como na Crefisa, ela é presidente, cargo que assumiu após chegar ao topo da hierarquia da empresa financeira. Em 2015, o casal também fez a FAM se tornar patrocinadora do clube paulista.

Leila Pereira mostra painel de avião usado pelo Palmeiras — Foto: Reprodução/Instagram

Placar Linhas Aéreas

Há algum tempo, Leila abriu a Placar Linhas Aéreas, empresa de fretamentos de voos para delegações esportivas. Este investimento ganhou grande destaque em janeiro, quando a presidente anunciou que compraria um avião para que o elenco palmeirense realizasse seus deslocamento nacionais e internacionais, com uma logística facilitada.

A aeronave é do modelo Embraer E-190, com capacidade para 114 pessoas, e está emprestada, à disposição do Palmeiras. Seu custo total foi de cerca de 74 milhões de dólares (R$ 352 milhões).

Apesar do preço, ela justificou que a economia com voos fretados compensaria a longo prazo. Como o avião pertence à Placar, também disse que o dinheiro estava saindo de suas próprias economias. Segundo a revista Forbes, Leila Pereira é a quinta mulher mais rica do Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 7,2 bilhões.

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