Reinaugurado de forma praticamente completa em dezembro de 2023, o Santiago Bernabéu passou por uma grande reforma que durou seis anos. O estadio histórico do Real Madrid, que será sede do amistoso entre Brasil e Espanha nesta terça-feira, agora conta com capacidade para mais de 84 mil espectadores. Até julho de 2023, a obra de modernização custou mais de 893 milhões de euros em gastos para os merengues, o equivalente a R$ 4,8 bilhões.

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A reforma ainda está em andamento e, quando concluída, contará com galerias comerciais, áreas lazer e restauração, além de duas lojas oficiais do Real Madrid. O estádio também recebeu uma cobertura fixa e retrátil, que pode ser desdobrada em 15 minutos, fazendo com que todos os lugares estejam protegidos da chuva.

Logo no início da temporada 2023/24, a novo terraço 360º, no anel do primeiro anfiteatro, passou a ser utilizada. O skywalk — como foi nomeado — fica no 10º nível da arena. O Real Madrid pretende manter o espaço aberto durante todo o ano como uma das atrações do tour no estádio. A capacidade máxima aumentou e passou de 81.044 para 84.744.

Além disso, o estádio também conta com um novo sistema de gramado retrátil. O campo de grama natural utilizado nos jogos foi dividido em placas horizontais, que são guardadas uma sobre a outra em um depósito subterrâneo, quando necessário. Com isso, o estádio pode receber eventos e já tem shows programados para 2024 como os de Taylor Swift, Duki, Manuel Carrasco, Luis Miguel e Karol G.

A reforma foi anunciada em 2019 pelo presidente Florentino Pérez com previsão de término para 14 de dezembro de 2022, na mesma data em que o estádio celebraria 72 anos. No entanto, segundo o jornal espanhol 'Marca', a entrega foi adiada devido a guerra na Ucrânia, que atrasou a chegada dos materiais.

As obras, que começaram junho de 2019, com foco na parte estrutural do estádio, estão previstas para terminar na primavera espanhola, entre março e junho.

O estádio promoveu uma profunda mudança na parte urbana da capital da Espanha, mais especificamente no distrito de Chamartín. O preço dos imóveis dispararam depois do início das obras.

Segundo levantamento feito por uma empresa imobiliária local ao jornal espanhol El País, o metro quadrado dos bairros do distrito, uma região de classe alta composta por seis bairros, pulou de 4,2 mil euros — 22,4 mil reais — em setembro de 2016 para 6,2 mil — 33,7 mil reais — neste ano. Um apartamento pequeno, de 32 metros quadrados, pode custar cerca de 200 mil euros — 1,07 milhão de reais —, enquanto uma casa de alto padrão, de pelo menos 200 metro quadrados, chegaria aos 1,2 milhões de euros — 6,4 milhões de reais.

Ainda segundo o levantamento, os preços de imóveis alugados subiram 46%, com apenas 5% dos imóveis disponíveis, em média, com preços mensais abaixo dos 1.200 euros — 6.400 reais. As hospedagens mais tradicionais custam cerca de 500 euros — 2,6 mil reais — por noite, em média. No Airbnb, as noites nos arredores do estádio chegam a quase 300 euros — 1,6 mil reais.