Desde Pequim-2008, o Brasil não demorava tanto pela medalha dourada. Naquela ocasião, Cesar Cielo venceu os 50m livre da natação no oitavo dia de disputas. O resultado já era ligeiramente melhor do que quatro anos antes, quando o Hino Nacional só foi executado no nono dia, com Robert Scheidt, na classe star da vela.
Na última década, a espera foi menor. Em Londres-2012, Sarah Menezes deu um ouro ao Brasil logo na primeira manhã de competições, nos ligeiros do judô. Curiosamente, naquele sábado (28/7/2012), o país chegou a liderar o quadro de medalhas por alguns minutos, já que Thiago Pereira levou a prata nos 400m medley da natação durante a tarde do mesmo dia.
Na Rio-2016, a façanha do primeiro ouro coube também ao judô. Depois de ser desclassificada em Londres, Rafaela Silva deu a volta por cima logo no terceiro dia de disputa em casa. Já em Tóquio-2020, na primeira vez em que o surfe fez parte do programa olímpico, Ítalo Ferreira fez história ao levar a competição masculina no quarto dia de eventos no Japão.
Atletas do time Brasil voando alto em Paris
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O brasileiro Gustavo "Bala Loka" compete na qualificação do ciclismo BMX Freestyle Park masculinolímpicos de Paris 2024, em Paris, em 30 de julho de 2024. — Foto: Emmanuel DUNAND / AFP 2 de 17
Gabriel Medina faz pose após pegar uma onda perfeita em Teahupo'o — Foto: Jerome BROUILLET / AFP
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A brasileira Rebeca Andrade compete na prova de barras assimétricas da final feminina de ginástica artística por equipes — Foto: Loic VENANCE / AFP 4 de 17
A brasileira Marina Fioravanti pega a bola e passa por Sesenieli Donu de Fiji durante a partida de rúgbi sevens feminino — Foto: CARL DE SOUZA / AFP 5 de 17
A zagueira brasileira Patricia Matieli tenta marcar um gol contra a pivô húngara Reka Bordas e a lateral direita húngaraAnna Albek durante a partida de handebol do Grupo B — Foto: Aris MESSINIS / AFP 6 de 17
A número 01 da Espanha, Liliana Fernandez Steiner (E), crava a bola enquanto a número 01 do Brasil, Ana Patricia Silva Ramos, bloqueia na piscina feminina. Uma partida de vôlei de praia entre Brasil e Espanha durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024 no Estádio da Torre Eiffel, em Paris, em 30 de julho de 2024 — Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP 7 de 17
Flavia Saraiva compete na trave de equilíbrio da final feminina de ginástica artística por equipes — Foto: Gabriel BOUYS / AFP 8 de 17
Cristiano Felício, número 06 do Brasil, tenta o rebote na partida do grupo B da fase preliminar masculina de basquete entre Brasil e Alemanha durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, no estádio Pierre-Mauroy em Villeneuve-d'Ascq, norte da França, em 30 de julho de 2024. — Foto: POOL / AFP 9 de 17
O número 02 de Cuba, Jorge Luis Alayo Moliner, chuta a bola ao lado de seu parceiro, o número 01 de Cuba, Noslen Diaz Amaro, enquanto Andre Loyola Stein, bloqueia na partida de vôlei de praia masculina da categoria D entre Brasil e Cuba durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, no Estádio da Torre Eiffel, em Paris, em 30 de julho de 2024 — Foto: Thomas SAMSON / AFP 10 de 17
Lorrane Oliveira compete na prova de barras assimétricas da final feminina de ginástica artística — Foto: Loic VENANCE / AFP 11 de 17
Thaisa Daher De Menezes e Ana Cristina Menezes Oliveira De Souza saltam para bloquear a bola da queniana Pamella Adhiambo Owino durante a partida de vôlei feminino da fase preliminar entre Brasil e Quênia — Foto: Natalia KOLESNIKOVA / AFP 12 de 17
A ginasta Julia Soares compete na trave de equilíbrio da final feminina de ginástica artística por equipes durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, na Bercy Arena, em Paris, em 30 de julho de 2024. — Foto: Gabriel BOUYS / AFP 13 de 17
Ana Patricia Silva Ramos durante partida de vôlei de praia entre Brasil e Egito — Foto: Luis TATO / AFP 14 de 17
A meia brasileira Angelina cabeceia a bola na partida de futebol feminino do grupo C entre Brasil e Japão durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, no Parc des Princes, em Paris, em 28 de julho de 2024 — Foto: Ben STANSALL / AFP 15 de 17
Arthur Diego Mariano Lanci, mergulha para devolver a bola na partida de vôlei de praia masculina da categoria E entre Brasil e Áustria durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, no Estádio da Torre Eiffel, em Paris, em 28 de julho de 2024. (Foto de ) — Foto: Mauro PIMENTEL / AFP 16 de 17
Rayssa Leal mostra porque é uma das melhores skatistas do mundo — Foto: Odd ANDERSEN / AFP 17 de 17
João Chianca, do Time Brasil, pega uma onda durante a primeira rodada de surfe no primeiro dia dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, em 27 de julho de 2024, em Teahupo'o, Polinésia Francesa. — Foto: Ed Sloane / POOL / AFP
Jejum de ouros
A última vez que o Brasil ficou sem medalhas de ouro foi em Sydney-2000, quando a dourada não veio, mesmo com os 12 pódios (seis pratas e seis bronzes). Entre Moscou-1980 e Atlanta-1996, o país teve ao menos uma conquista, puxado sobretudo pela vela e judô.
Mas a ausência de primeira colocações em Paris não é motivo para preocupação. Historicamente, o Brasil costuma crescer na segunda metade dos Jogos Olímpicos, quando são decididas as competições coletivas, vôlei de praia — e, mais recentemente, modalidades que passaram a dar medalhas para o país, como canoagem e boxe.
No total de medalhas, após seis dias, o Brasil tem mais medalhas que em Londres (cinco) e Rio (três), e atrás de Tóquio (sete).