Paris-2024: Vôlei do Brasil revive Rio-2016 por chacoalhada em decisão contra o Egito

Há oito anos, seleção venceu jogo decisivo contra a França em arrancada rumo ao ouro. Hoje, precisa de um 3 a 0 ou 3 a 1


Lucarelli marcou 18 pontos contra a Polônia. É um dos remanescentes da Rio-2016 Alexandre Loureiro/COB

Última chance. É este o cenário da seleção brasileira de vôlei masculino nesta sexta-feira, quando enfrenta o Egito, às 8h, pela última rodada da fase de grupos da Olimpíada de Paris. Após duas derrotas nos dois primeiros jogos, contra Itália e Polônia, os comandados de Bernardinho precisam vencer o Egito por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 para não precisar de combinação de resultados para avançar ao mata-mata.

Um 3 a 2 faria a seleção depender de outras partidas, enquanto uma derrota elimina o time de vez. Para evitar esses cenários mais complicados, parte da esperança reside nas memórias da Rio-2016, quando a seleção superou desafio parecido.

Seleção brasileira precisa de um 3 a 0 ou 3 a 1 — Foto: Alexandre Loureiro/COB

Naquela ocasião, o Brasil, também comandado por Bernardinho e com Lucarelli, Bruninho e Lucão, presentes em Paris, perdeu para Estados Unidos e Itália em dois dos três últimos jogos da fase de grupos — que era mais longa, com seis equipes por chave — e precisava da de uma vitória sobre a França, então campeã mundial, na última rodada.

Com 21 pontos de Wallace, fez 3 sets a 1 e avançou sob gritos de "o campeão voltou". Gritos proféticos, já que a seleção arrancaria e conquistaria a medalha de ouro daquela edição, passando por Argentina, Rússia e dando o troco nos italianos na final. Oito anos depois, o adversário é mais acessível: das equipes que disputam a Olimpíada, os egípcios são os piores ranqueados mundialmente, na 20ª posição (19ª antes dos Jogos). Para efeitos de comparação, os poloneses lideram e os italianos são vice-líderes (antes, 4º).

Lucão passa pelo bloqueio italiano na final da Rio-2016 — Foto: João Laet

Além do adversário, que não venceu sets na competição, há boas expectativas pelo bom desempenho contra a Polônia, mesmo com a derrota. A partida foi decidida no tie break, com o Brasil levando o primeiro e o terceiro sets. Adriano e Lucarelli marcaram 18 pontos.

— Temos que entrar 100%. O jogo contra a Polônia mostrou isso. Quando conseguimos jogar bem em todos os fundamentos, jogar com inteligência nas dificuldades, conseguimos estar pau a pau com qualquer equipe do mundo. Contra o Egito, não é diferente. É nossa obrigação vencer, ganhar os três pontos e garantir a classificação. Claro que temos que pensar na equipe adversária, estudar, para entender bem como eles jogam. Mas depende mais do que a gente vai fazer dentro de quadra do que do que eles vão fazer — projetou o central Lucão.

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