Pista roxa, novos recordes e menos lesões: o que esperar do atletismo, que estreia nesta sexta em Paris-2024?

Nova criação é fruto de anos de pesquisa e tem células de ar em sua camada inferior

Por — Rio de Janeiro


O Stade de France ganhou uma pista roxa, onde vão acontecer as provas de atletismo de Paris-2024 Divulgação/AFP

RESUMO

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GERADO EM: 01/08/2024 - 19:39

"Pista roxa inovadora em Paris-2024 impulsiona atletas com tecnologia sustentável"

Uma nova pista roxa de atletismo estreia em Paris-2024 com design inovador para impulsionar recordes e prevenir lesões. Criada com tecnologia avançada e sustentável, desenvolvida por cientistas e incorporando células de ar. O projeto visa otimizar o desempenho dos atletas, reduzindo impactos e garantindo segurança, resultado de anos de pesquisa e colaboração entre entidades italianas e francesas.

Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a pista das competições de atletismo nas Olimpíadas será roxa e as células de ar de sua camada inferior terão um novo design geométrico. O objetivo é melhorar o desempenho dos atletas, auxiliá-los a quebrar novos recordes e ainda prevenir lesões. Saiba tudo sobre a pista que foi aprimorada com tecnologia, tem uma nova modelagem numérica e foi desenvolvida por cientistas.

Nos Jogos de Tóquio-2020, ela tinha era do tradicional vermelho tijolo, e no Rio-2016 era azul. Mas então por que agora a pista é roxa? A decisão veio dos organizadores olímpicos, que a queriam alinhada com as cores oficiais de Paris-2024.

Nas curvas, as raias têm trechos em cinza, em uma referência à pista dos Jogos de 1924, a última vez em que a Cidade Luz recebeu o evento. No meio, o roxo é mais claro, e nas bordas, mais escuro.

Como acontece desde os Jogos de 1992, a empresa italiana Mondo é a responsável pela criação da pista. Ela tem 23.114 metros quadrados e levou quase três meses para ser instalada, com direito a uma pegada de sustentabilidade. A Mondo incorporou na pista carbonato de cálcio das conchas de moluscos fornecidos pela cooperativa de pesca Nieddittas, da Sardenha, que reutiliza mexilhões e amêijoas.

A criação foi feita em conjunto com o Laboratório de Engenharia de Polímeros do Politécnico de Milão. A camada superior da pista faz contato com os sapatos, e uma parte inferior, de menor densidade, é comprimida quando os atletas correm. Ela não é 100% de borracha: tem células de ar em formato geométrico. A proposta é garantir mais segurança aos atletas, reduzindo os choques e melhorando o desempenho.

A pista roxa de Paris é resultado de anos de pesquisas. Luca Andena, professor associado de ciência e tecnologia de materiais na Universidade Politécnica de Milão, que participou do estudo, explicou que quando os atletas correm, parte da energia é transferida para a pista, que a devolve a eles. Dependendo de como essa transferência funciona, ela pode parar o corpo humano ou causar um efeito propulsivo.

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