Antes de começar a disputar a final do individual geral, por volta das 18h15 de Paris, 13h15 do horário de Brasília, Rebeca Andrade tinha um desejo: que fosse especial. Afinal, aquela seria, segundo a própria ginasta, a última vez em que ela disputaria a prova em uma edição de Jogos Olímpicos.
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— Acredito que sim (foi a despedida da prova). O individual geral exige muito do meu corpo, principalmente de partes como a perna e o joelho. Mas o futuro pertence a Deus. Vai que do nada meu corpo melhora. Não sei... Mas eu já trabalhei isso na minha cabeça, então queria que hoje fosse uma competição especial para mim, e foi. Para mim, vai ser meu último individual geral.
No fim das contas, foi definitivamente marcante. De forma eletrizante, Rebeca e Simone Biles duelaram pelas primeiras posições até, literalmente, a última apresentação, quando a americana anotou 15.066 no solo e ficou com o ouro. Mesmo assim, a prata colocou a ginasta brasileira num posto especial na história do esporte olímpico nacional.
Com a conquista da prata, Rebeca Andrade se tornou a primeira brasileira a conquistar quatro medalhas em Jogos Olímpicos (um ouro e uma prata em Tóquio-2020, e uma prata e um bronze em Paris-2024). Além disso, ela está a uma medalha de igualar Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas olímpicos da história do Brasil.
Ainda na Olimpíada de Paris-2024, Rebeca Andrade disputará mais três finais. No sábado, terá a decisão do salto, sua especialidade. Já na segunda-feira, será a vez de competir pelo pódio na trave e no solo.