Adversária na disputa pelo ouro, israelense é 'freguesa' de Bia Souza e já perdeu medalha por amarrar o cabelo; saiba quem é

Atual número 2 do mundo, Raz Hershko já foi derrotada quatro vezes pela brasileira

Por O Globo — Paris


Raz Hershko durante disputa de bronze no Mundial de 2022 IJF

Apenas a israelense Raz Hershko separa Bia Souza do ouro olímpico. A adversária da brasileira chegou a Paris-2024 como uma das judocas mais cotadas para o pódio, assim como a francesa Romane Dicko, número 1 do mundo, que levou um ippon da brasileira nesta sexta-feira. Raz e Bia se enfrentam ainda hoje, na decisão da categoria acima de 78 kg.

Raz chegou à final depois de dar um ippon na turca Kayra Ozdemir em apenas 15 segundos. Ela já foi campeã europeia e levou o bronze em Tóquio-2020 na disputa por equipes mistas. Bia Souza já enfrentou a israelense, atual número 2 do mundo, quatro vezes — e venceu as quatro.

Raz Hershko chegou ao Mundial de 2022, no Uzbequistão, como líder do ranking do peso pesado feminino, mas ficou sem medalha por um fato curioso: levou uma punição ao amarrar os cabelos durante a luta contra a francesa Julia Tolufua. O gesto lhe rendeu na ocasião um terceiro shidô, e o bronze acabou ficando para a rival.

Na ocasião, Bia Souza também foi derrotada, e a França conquistou duas medalhas: uma de ouro para Romaine Dicko e a de bronze, para Julia Tolufua.

Beatriz Souza derrota francesa Romane Dicko e está na final do judô em Paris-2024 — Foto: Luis ROBAYO / AFP

O currículo de Bia Souza impressiona. Das 18 competições internacionais disputadas desde Tóquio-2020, ela foi ao pódio em 13, tendo vencido oito. Em 2024, conquistou o ouro no Grand Prix de Linz, na Áustria.

Beatriz conta com seis medalhas em mundiais (duas pratas e quatro bronzes), 12 em Grand Slam (três ouros, duas pratas e sete bronzes), e dez em Pan-Americanos de Judô (seis ouros, duas pratas e dois bronzes), entre juvenil e adulto.

No fim do ano passado, foi ao pódio nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (bronze) e, em dezembro, foi escolhida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) a melhor do ano em sua modalidade

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