Satélite europeu capaz de detectar episódios meteorológicos extremos envia as primeiras imagens animadas; assista

Equipamento registrou a atividade de raios em diferentes partes do planeta

Por AFP — Paris


Satélite europeu divulgou primeiras imagens animadas de atividade de raios Reprodução/Instagram

O primeiro satélite europeu capaz de detectar eventos meteorológicos extremos, lançado em órbita em dezembro de 2022, entregou a sua primeira série de imagens animadas, anunciou a agência europeia de satélites meteorológicos Eumetsat. O equipamento registrou a atividade de raios em diferentes partes do planeta, no início de uma operação que deve aprimorar o monitoramento de condições climáticas e também a segurança da aviação.

Estas imagens “confirmam que este instrumento vai revolucionar o processo de detecção e previsão de tempestades violentas”, ressaltou, em comunicado, a Agência Espacial Europeia (ESA). A Eumetsat fornecerá os dados aos serviços meteorológicos da África e de outras regiões, onde a capacidade de detectar raios via observação terrestre é limitada.

As imagens de um minuto foram registradas pelo satélite MTG-I1, que opera em órbita geoestacionária a uma altitude de 36 mil quilômetros, detalhou o Eumetsat.

O satélite, lançado em órbita pelo foguete Ariane 5 em 13 de dezembro de 2022, está equipado com quatro câmeras que permitem detectar eventos climáticos extremos na Europa, na África, no Oriente Médio e em parte da América do Sul.

Cada câmera é capaz de “gravar mil imagens por segundo, dia e noite, o que permite detectar o menor clarão de um raio com muita rapidez”, explica Guia Pastorini, responsável técnico pela geração de imagens, no comunicado.

Registros do satélite começaram a vir a público em maio. Mas as novas imagens refletem "mudanças abruptas na atividade elétrica que geralmente precedem tempestades violentas", permitindo que os meteorologistas as prevejam "com maior certeza", acrescentou Phil Evans, CEO da Eumetsat.

Graças ao satélite, os cientistas poderão alertar as autoridades com mais cedo, explicou Evans.

Os dados serão entregues aos serviços meteorológicos dos 30 Estados membros do Eumetsat, bem como aos seus parceiros na África e outras regiões do mundo.

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