Justiça argentina condena ex-deputado por beijar os seios de namorada durante sessão parlamentar virtual; vídeo

Fato desencadeou um escândalo que terminou com sua renúncia à Câmara Baixa, onde atuava pela província de Salta pelo partido Frente de Todos

Por AFP — Buenos Aires


Justiça argentina condena ex-deputado por beijar os seios de namorada durante sessão parlamentar virtual; vídeo Reprodução

Um ex-deputado argentino foi considerado culpado de "perturbação no exercício de suas funções" por ter beijado os seios de sua parceira em frente à câmera ligada enquanto participava de uma sessão parlamentar virtual em 2020, desde sua casa.

A Câmara Federal de Cassação condenou o ex-legislador Juan Ameri a um mês de prisão em regime suspenso pelo episódio que ocorreu durante um debate virtual da Câmara dos Deputados, em meio às restrições sanitárias aplicadas durante a pandemia de Covid-19 na Argentina.

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Justiça argentina condena ex-deputado por beijar os seios de namorada durante sessão parlamentar virtual

Em sua decisão, a justiça argentina considerou "evidente que ele sabia que sua conduta poderia ser observada pelos representantes do povo, bem como por todas aquelas pessoas que estivessem assistindo à transmissão ao vivo do debate".

"Estou mal, muito mal. Pensei que a internet tinha caído. Minha parceira veio me mostrar como ficaram as próteses mamárias. E eu dei um beijo no seio dela, foi só isso", havia explicado Ameri quando a justiça o repreendeu por seus atos.

O fato desencadeou um escândalo que terminou com sua renúncia à Câmara Baixa, onde atuava como deputado pela província de Salta (nordeste) pelo partido Frente de Todos (centro-esquerda). Além disso, viralizou rapidamente nas redes sociais, nas quais foi motivo de comentários durante meses.

"Os meios de comunicação me destruíram e eu paguei com minha saúde. Devo ter pensado em cem maneiras diferentes de me suicidar", declarou Ameri ao jornal La Nación.

O ex-deputado se dedica à venda de produtos avícolas e vive modestamente junto com sua família, longe da atividade partidária.

"Eu sou inocente e, no máximo, sou culpado por não ter estado atento no meu horário de trabalho", considerou.

Ameri, que descartou voltar a se candidatar para um cargo eletivo, advertiu que apelará da condenação "à Corte Suprema e à Corte Interamericana de Direitos Humanos".

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