Autor de ataque racista em Buffalo é acusado de terrorismo doméstico nos EUA

Dez negros, entre 32 e 86 anos, morreram após Payton Gendron abrir fogo em supermercado, em maio

Por AFP — Nova York


Vítimas de Payton Gendron são homenageadas em muro de Buffalo — Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP/20-5-2022

O jovem branco acusado de matar dez negros durante um ataque racista em um supermercado em Buffalo, em maio, foi acusado nesta quarta-feira de terrorismo doméstico. Payton Gendron, de 18 anos, também foi acusado por dez assassinatos em primeiro grau, de acordo com um documento publicado no site da Corte do Estado de Nova York.

A acusação inclui alegações de que Gendron foi motivado por ódio quando supostamente matou dez pessoas e feriu outras três durante o tiroteio no Tops Friendly Market de Buffalo. Outras acusações apresentadas pelo júri incluem tentativa de homicídio e posse de armas.

O crime de terrorismo doméstico em Nova York, que entrou em vigor em 2020, é punido com prisão perpétua. As autoridades federais também estão considerando apresentar acusações de crimes de ódio contra Gendron.

Gendron será ouvido no tribunal do condado de Erie na quinta-feira, disse um porta-voz do promotor à AFP.

O jovem, que se declarou inocente de assassinato em primeiro grau, enfrenta acusações referentes a cada uma das dez vítimas, com idades entre 32 e 86 anos.

A polícia chegou a deter Gendron em junho do ano passado após ele fazer uma ameaça contra a sua escola. Após um dia e meio detido, ele passou por uma avaliação psicológica e foi liberado. Vestido com roupas e equipamentos militares, Gendron abriu fogo com um fuzil semiautomático que ele comprou legalmente, mas depois modificou ilegalmente. Em seu carro, as autoridades encontraram outras duas armas, um fuzil e uma espingarda.

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