Sobe para oito número de mortos em ataque a centro religioso em Hamburgo; polícia acredita que atirador morreu

Autor dos disparos é um homem, entre 30 e os 40 anos, antigo membro do grupo religioso atacado, segundo a imprensa alemã

Por O Globo e agências internacionais


Ataque a tiros deixa ao menos seis mortos em Hamburgo, na Alemanha Jonas Walzberg / dpa / AFP

Pelo menos oito pessoas morreram num ataque a tiros dentro de um prédio usado por Testemunhas de Jeová em Hamburgo, no Norte da Alemanha. Um dos mortos é o atirador, de acordo com a polícia. O momento exato do ataque foi capturado por um jovem que mora nos arredores do prédio atingido, informou o canal de notícias por assinatura americano CNBC.

Nas imagens, é possível ouvir a voz de Gregor Miesbach ao fundo, enquanto o autor do tiroteio aparece armado no centro das Testemunhas de Jeová. "Ele está atirando, o que está acontecendo?", questiona o cinegrafista amador enquanto gravava o episódio.

Na quinta-feira, a polícia afirmou que não tinha "informações confiáveis sobre o motivo do crime" e pediu à população que não entrasse em especulações. Também indicou que "as investigações sobre o contexto do crime continuam".

Mas, de acordo com a revista Der Spiegel, o autor do crime é um ex-membro das Testemunhas de Jeová, com idade por volta de 30 anos, e que estava armado com um revólver.

O ataque aconteceu no distrito GroßBorstel, na Zona Norte de Hamburgo. O moderno prédio de três andares usado pelos Testemunhas de Jeová, o Kingdom Hall, fica ao lado de uma oficina mecânica na rua Deelboege, a poucos quilômetros do centro da segunda maior cidade alemã.

As autoridades ainda não divulgaram o possível motivo para o ataque na segunda maior cidade da Alemanha. Mas a imprensa alemã diz que o autor do crime teria entre 30 e 40 anos.

Ataque a tiros em Hamburgo, na Alemanha — Foto: Arte/ O GLOBO

Chanceler lamenta 'violência brutal'

O chanceler alemão, Olaf Scholz, lamentou o "ato de violência brutal". A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, também reagiu no Twitter, afirmando está "chocada com o terrível ato de violência".

Segundo Vehren, a polícia não precisou atirar em momento algum e que não há sinais sobre a motivação do crime.

"Encontramos uma pessoa sem vida em um centro comunitário em GroßBorstel que acreditamos que possa ser o responsável pelo ataque", disse a polícia de Hamburgo em seu Twitter. "Para descartar o envolvimento de outras pessoas, realizamos checagens e buscas extensivamente."

O secretário do Interior de Hamburgo, Andy Grote, escreveu no Twitter que forças policiais especiais e um grande número de oficiais foram enviados à cena do crime. Imagens da TV alemã mostraram muitos policiais do lado de fora da chacina.

A comunidade das Testemunhas de Jeová disse que se encontrava "profundamente entristecida" com o ataque mortal contra seus membros. Fundadas no século XIX nos Estados Unidos, as testemunhas de Jeová se consideram herdeiras do cristianismo primitivo e baseiam seu credo somente na Bíblia. Seus membros são conhecidos por irem de porta em porta pregando o evangelho e distribuindo livros e textos em espaços públicos.

O status da organização varia em função do país: estão no mesmo nível das "grandes" religiões na Áustria e na Alemanha, figuram como "culto reconhecido" na Dinamarca e como "denominação religiosa" na Itália. A organização afirma ter cerca de 8,7 milhões de fiéis pelo planeta, sendo 175 mil na Alemanha e 3.800 em Hamburgo.

Entre as práticas do grupo está o repúdio às armas e a transfusões de sangue. Também são contra saudar bandeiras nacionais e participação em governos seculares.

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