Maduro volta a Brasília para reunião com Lula; veja a última vez que o venezuelano esteve no país

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não podia entrar no Brasil desde agosto de 2019, quando portaria editada por Bolsonaro proibia seu ingresso no país

Por Mariana Muniz — Brasília


O presidente da Venezuela Nicolás Maduro em Caracas Reuters / 15-12-2021

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou em Brasília na noite deste domingo para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira. Maduro não vinha ao país desde 2015, quando participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff.

Por que Nicolás Maduro não podia entrar no Brasil?

A presença de Maduro no Brasil não era permitida desde agosto de 2019, quando uma portaria editada pelo então presidente Jair Bolsonaro proibia o ingresso no país do líder venezuelano e de outras autoridades do vizinho latino-americano.

O que Nicolás Maduro veio fazer no Brasil?

Na terça-feira, Maduro participa da reunião com líderes dos 12 países da América do Sul realizada em Brasília e proposta pelo presidente Lula. Na ocasião, segundo O GLOBO mostrou, o mandatário brasileiro deverá propor a criação de um mecanismo de integração, que poderia ser um organismo ou um fórum de debates.

A ideia é que os líderes da região discutam em conjunto medidas de integração, infraestrutura e cooperação em áreas como saúde, educação, proteção do meio ambiente, segurança alimentar e combate ao crime organizado nas fronteiras, sem colocar em pauta ideologias ou regimes políticos.

Retomada de relações

Até o último dia do governo Bolsonaro, a diplomacia brasileira reconhecia o dirigente opositor Juan Guaidó como "presidente interino" da Venezuela.

No início de março, por iniciativa de Lula, uma pequena delegação liderada pelo assessor especial da Presidência Celso Amorim foi a Caracas para o primeiro encontro de alto nível do governo com Maduro.

Na época, segundo O GLOBO informou, Amorim foi até Caracas ter uma primeira conversa com o governo venezuelano sobre a situação política no país, a importância das eleições presidenciais de 2024, além de temas da relação bilateral, entre eles a dívida que o país tem com o Brasil, de cerca de US$ 1 bilhão (dos quais 80% são com o BNDES).

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