Hamas chama reféns estrangeiros de 'convidados' e diz que pretende libertá-los

Abo Obaida afirmou que os prisioneiros serão soltos 'assim que as circunstâncias permitirem'

Por O Globo e agências internacionais — Rafah


Abo Obaida, porta-voz do braço armado do Hamas, em vídeo divulgado no Telegram Reprodução

Abo Obaida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, disse nesta segunda-feira que o grupo pretende libertar os reféns estrangeiros. A soltura dos prisioneiros deve acontecer assim que possível, de acordo com o representante dos terroristas.

"Nós os consideramos nossos convidados. Assim que as circunstâncias permitirem, iremos libertá-los", disse Obaida em vídeo publicado no Telegram, segundo a rede de televisão Al Jazeera.

Obaida acrescentou que os membros do Hamas não tinham conhecimento a respeito da nacionalidade dos reféns quando eles foram sequestrados. Ele explicou que há prisioneiros de várias nacionalidades.

22 reféns mortos

O porta-voz disse ainda que não é possível determinar o número exato de reféns na Faixa de Gaza devido aos constantes bombardeios israelenses. Obaida também afirmou que 22 reféns foram mortos em ataques aéreos das forças armadas de Israel, de acordo com a CNN.

O ex-líder do Hamas, Khaled Meshaal, deu uma entrevista ao vivo nesta segunda-feira à Alaraby TV. Ele afirmou, na ocasião, que o grupo terrorista tem reféns suficientes em seu poder para libertar os seis mil prisioneiros palestinos em Israel. Entre os prisioneiros estariam oficiais de alto escalão das Forças de Defesa israelenses.

"Um dos objectivos desta batalha era fazer reféns soldados e oficiais israelenses para libertar o nosso próprio povo das prisões sionistas", disse. "Os reféns militares têm os seus próprios cálculos, os civis e os estrangeiros têm outros. A liderança do Hamas lidará com os reféns de acordo com o direito internacional e humanitário", finalizou.

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