Biden diz em Israel que atrocidades do Hamas 'fazem o Estado Islâmico parecer mais racional'

Presidente americano fez pronunciamento ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e garantiu que os EUA apoiam o povo israelense contra o terrorismo

Por O Globo, com agências internacionais


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cumprimenta o presidente americano, Joe Biden, na pista do aeroporto Ben-Gurion Brendan Smialowski/AFP

RESUMO

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GERADO EM: 15/08/2024 - 11:14

Biden critica Hamas em Israel e apoia Israel contra terrorismo: questão humanitária em destaque.

Joe Biden, presidente dos EUA, critica o Hamas em Israel, comparando suas atrocidades ao Estado Islâmico. Apoia Israel contra o terrorismo. Visita afetada por explosão em Gaza. Compromisso de evitar tragédias civis reiterado por Biden e Netanyahu. A questão humanitária em destaque.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que as atrocidades cometidas pelo Hamas "fazem o Estado Islâmico parecer mais racional", ao comentar o ataque do grupo terrorista palestino contra Israel que deu início ao atual conflito no Oriente Médio.

— [O Hamas] levou reféns, incluindo crianças. Imagina o que essas crianças que estavam se escondendo do Hamas devem ter pensado. Vai além da minha compreensão. Eles cometeram maldades e atrocidades que fazem o Estado Islâmico parecer mais racional — afirmou Biden durante um pronunciamento à imprensa em Tel Aviv, ao lado do premier israelense, Benjamin Netanyahu.

Não é a primeira vez que o presidente americano compara o Hamas ao Estado Islâmico, grupo terrorista que atingiu seu auge nos primeiros anos de guerra na Síria e propagava a ideia de criação de um novo califado. Ainda nos primeiros dias do conflito, Biden fez um pronunciamento na Casa Branca no qual afirmou que a "sede de sangue" do grupo palestino trazia à memória o EI.

– A brutalidade do Hamas, esta sede de sangue, traz à mente o pior, os piores ataques do Estado Islâmico. Isto é terrorismo – disse Biden, no pronunciamento feito no dia 10 de outubro.

Biden se reúne com primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Israel

A viagem de Biden para Tel Aviv, destacada por Netanyahu como a primeira de um presidente americano a Israel em tempos de guerra, deve cumprir com seu objetivo de demonstrar apoio ao principal aliado dos EUA no Oriente Médio, mas foi prejudicada pela explosão no hospital al-Ahli, em Gaza, que deixou cerca de 500 mortos — e pelo qual autoridades palestinas acusam Israel. O democrata teria uma reunião de cúpula com líderes da região na Jordânia, mas a agenda precisou ser cancelada diante do acirramento provocado pelo massacre de pacientes civis.

Ao lado de Netanyahu, em uma declaração conjunta a repórteres, Biden endossou a versão israelense de que a explosão foi provocada por um disparo da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que atua em Gaza. A organização negou a hipótese israelense e acusou o Estado Judeu de tentar encobrir seus crimes de guerra.

Tanto Biden quanto Netanyahu afirmaram que trabalhariam para evitar que tragédias contra civis voltassem a acontecer, em uma sinalização à questão humanitária, pela qual Israel vem sendo cobrado recorrentemente desde que lançou bombardeios em resposta ao Hamas.

–Continuaremos trabalhando com vocês e nossos sócios na região para evitar mais tragédias de civis inocentes – disse Biden.

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