Preso por compra de votos, prefeito albanês é eleito para integrar o Parlamento Europeu; entenda
Fredi Beleri comemorou o resultado e afirmou, da prisão, que liderou 'uma luta pela democracia, pelo Estado de direito, pelas liberdades e pela dignidade dos cidadãos'
Por AFP — Rio de Janeiro
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Preso por compra de votos, prefeito albanês Fredi Beleri é eleito para integrar o Parlamento Europeu
Preso por compra de votos, prefeito albanês Fredi Beleri é eleito para integrar o Parlamento EuropeuReprodução
O prefeito eleito e preso de uma cidade albanesa, onde vive uma significativa minoria grega, foi eleito no domingo para integrar o Parlamento Europeu pelo partido conservador grego no poder, apesar das tensões entre Atenas e Tirana desencadeadas por sua candidatura. Fredi Beleri, que é greco-albanês, foi condenado em março a dois anos de prisão por ter comprado votos antes da sua eleição como prefeito da cidade de Himara, no sul, nas eleições municipais da Albânia em maio de 2023.
Durante as eleições europeias deste domingo, o homem de 52 anos, preso desde maio de 2023, foi eleito um dos 21 deputados europeus da Grécia, dos quais sete foram eleitos pela lista do partido Nova Democracia (ND) do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.
Na Albânia, seu rival nas eleições municipais, o prefeito socialista em fim de mandato contou com o apoio do primeiro-ministro, Edi Rama. A cidade agora é liderada por um prefeito interino. A condenação de Beleri causou tensões nas relações entre Grécia e Albânia. O prefeito eleito alegou que a sua prisão teve motivações políticas, e o governo grego manifestou preocupação com "a imparcialidade das ações legais" contra ele.
Dia do Trabalho é marcado por protestos e confrontos na França
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Manifestante segura uma pedra durante protesto no Dia do Trabalhador, mais de um mês depois de o governo ter aprovado a reforma da Previdência, em Paris — Foto: Alain JOCARD / AFP 2 de 18
Manifestante quebra a vidraça de um quiosque durante ato para marcar o Dia Internacional dos Trabalhadores, em Paris — Foto: Alain JOCARD / AFP
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Policial francês lança uma granada de gás lacrimogêneo contra manifestantes durante protesto em Rennes — Foto: Damien MEYER / AFP 4 de 18
Manifestante chuta uma bomba de gás lacrimogêneo de volta para a polícia durante confronto em Bordéus, sudoeste de França — Foto: Thibaud MORITZ / AFP 5 de 18
A fumaça enche a rua enquanto as chamas emergem de um carro em chamas incendiado durante uma manifestação em Lyon, no leste da França, em 1º de maio de 2023 — Foto: JEFF PACHOUD / AFP 6 de 18
Manifestante é visto através de uma vitrine em chamas durante ato marcado por confrontos em Lyon — Foto: JEFF PACHOUD / AFP 7 de 18
Um bombeiro, que participava do protesto, apaga um incêndio numa estação bicicletas em Paris — Foto: Geoffroy VAN DER HASSELT / AFP 8 de 18
Policiais franceses detêm manifestante em Bordéus, sudoeste de França — Foto: Thibaud MORITZ / AFP 9 de 18
Manifestação em Estrasburgo, no leste de França. Milhares de franceses ocuparam as ruas de diferentes cidades do país no Dia do Trabalho para protestar contra a reforma da Previdência de Macron — Foto: Frederick FLORIN / AFP 10 de 18
Manifestante exibe cartaz com a frase "Na primavera a raiva floresce", durante marcha pelo Primeiro de Maio, em Toulouse, sudoeste da França — Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP 11 de 18
Manifestantes mascarados carregam um boneco representando o presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto participam de uma manifestação no Primeiro de Maio, em Bayonne, sul da França — Foto: GAIZKA IROZ / AFP 12 de 18
Manifestantes vestidos de palhaços posam em frente à polícia francesa durante protesto em Lille, no norte da França — Foto: Sameer Al-Doumy / AFP 13 de 18
Manifestantes na Praça da Nação durante o Primeiro de Maio, em em Paris — Foto: Geoffroy VAN DER HASSELT / AFP 14 de 18
Manifestantes em Marselha, sul da França, neste 1º de maio — Foto: CLEMENT MAHOUDEAU / AFP 15 de 18
Um fantoche representando o presidente francês, Emmanuel Macron, é visto durante uma manifestação no Primeiro de Maio em Rennes, oeste da França — Foto: Damien MEYER / AFP 16 de 18
Manifestantes vestidas de "Marianne" participam de ato no Dia do Trabalhador, contra a impopular reforma previdenciária, em Lille, no norte do país — Foto: Sameer Al-Doumy / AFP 17 de 18
Um colete amarelo improvisado com o slogan "Macron, renuncie" adorna o Monumento à República, na Praça da República, em Paris — Foto: JULIEN DE ROSA / AFP 18 de 18
Manifestantes remam uma canoa com um cartaz que diz "Macron, ele é um vilão" — Foto: Damien MEYER / AFP
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores grego considerou que esta pena de prisão de dois anos era "claramente desproporcional à gravidade do suposto crime". Em maio de 2023, Atenas chegou a alertar que este caso poderia ter repercussões na disputa da Albânia à adesão à União Europeia.
Segundo a imprensa grega, Fredi Beleri comemorou o resultado e afirmou no domingo, a partir da prisão onde está detido na Albânia, que liderou "uma luta pela democracia, pelo Estado de direito, pelas liberdades e pela dignidade dos cidadãos".
Tirana insiste no fato de Beleri ter um passado sombrio. Em 1997, ele foi condenado com sursis por tráfico de armas, pena que foi posteriormente reduzida em recurso.