Igor Rickli atravessa um momento de fortes emoções como pai. Ao mesmo tempo que vive os primeiros meses ao lado do menino e da menina que adotou com a mulher, Aline Wirley, ele acompanha o filho mais velho do casal, Antonio, de 9 anos, dando os primeiros passos como ator. A estreia acontecerá em “Família é tudo”, próxima trama das 19h:

— Estávamos esperando que esse momento acontecesse (a estreia do Antonio). E ficamos muito felizes por ter sido justamente numa novela do Daniel Ortiz, que é um autor que conheço e sei que é cuidadoso e carinhoso. Ele está muito feliz, e todos têm sido muito atenciosos com ele. O Antonio está realmente começando numa manjedoura de ouro. Se pudesse, iria para a Globo todos os dias. Isso nos deixa com o coração tranquilo. Nunca o forçamos a nada. É algo que realmente partiu dele, sem qualquer pressão.

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O ator conta que tem acompanhado o filho neste início de gravações:

— Estou acompanhando direto, Aline também veio. Fizemos questão disso, até para entender como ele iria lidar com a equipe e com as pessoas. Mas em breve ele começará a vir com a tia Ju (funcionária do casal), para que a gente também possa cuidar das nossas coisas.

Sobre a adoção dos outros filhos, ele conta que o processo de convivência está chegando ao fim e que eles finalmente conseguirão a guarda das crianças. Eles moram com a família há três meses:

— É algo realmente desafiador. Estamos lidando com uma engrenagem extremamente difícil. É um sistema judiciário que envolve muitas questões, e crianças que trazem uma bagagem emocional muito grande. Sentimos uma responsabilidade gigantesca e fazemos tudo por amor. Mas está tudo fluindo. Estamos quase lá.

O casal não mostrou fotos nem revelou os nomes das crianças nas redes por questões de segurança:

— Eles são lindos. São dois indígenas manauaras. A gente olha para eles e fica muito encantado. Parece que eles sempre estiveram com a gente.

O ator comenta como Antonio recebeu os irmãos:

— Quando os conheceu, ficou muito feliz e encantado. Depois de um tempo, quando chegamos ao Rio, ele entendeu que terá que começar a dividir quarto, roupas, brinquedos, a atenção dos pais... Aí começou a rolar um ciúme. Mas ele é muito gente boa, é do bem mesmo. Conversamos, ele faz terapia. As coisas se acertaram. Chegamos realmente a um momento de respiro lá em casa.

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Rickli ressalta que o processo é também um grande desafio para o casamento:

— É algo que mexe nas estruturas reais. Se não estiver muito firme, quebra. Já vimos casais se separando durante esse processo. Revela muita coisa um do outro: medos, dúvidas, inseguranças. Tivemos o desafio de nos olhar e dizer: “Calma, estamos juntos nessa”. E esse é o nosso caminho. Adoramos lidar com as emoções e encará-las da forma mais honesta possível.

Ela acrescenta que os dois não descartam ter mais filhos:

— Temos essa vontade. Agora é uma questão do relógio biológico. Não estamos mais tão novinhos assim (ele tem 40 e ela, 42).