Após Zanin, Dino e o STJ, Lula terá oito indicações para o Judiciário em 2024; veja quais

Presidente, que este ano nomeou cinco ministros às duas principais Cortes do país, vai decidir sobre duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma no Tribunal Superior do Trabalho (TST); e cinco em Tribunais Regionais Federais

Por — Brasília


O advogado Cristiano Zanin e o presidente Lula Ricardo Stuckert/Divulgação

Após indicar Cristiano Zanin e Flávio Dino a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); e Daniela Teixeira, José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá oito novas escolhas a fazer para o Judiciário no próximo ano. Estão abertas mais duas vagas no STJ — reservadas a candidatos da magistratura federal e do Ministério Público —; uma no Tribunal Superior do Trabalho (TST); e cinco em três Tribunais Regionais Federais (TRF).

As duas vagas na segunda mais alta da Corte do país foram abertas com as aposentadorias das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães. O lugar de Laurita, primeira mulher a presidir o STJ, deverá ser preenchido por um membro de carreira do MP que, após a formalização da aposentadoria, abrirá edital interno para inscrição dos interessados. Os nomes dos candidatos serão encaminhadas para votação pelos 33 ministros do STJ em sessão ainda sem data marcada, e formarão as indicações para a escolha de Lula.

Nos bastidores, o procurador de Justiça Sammy Barbosa Lopes, do Ministério Público do Acre, desponta entre os mais cotados. Ele, que é apoiado pelo ministro Mauro Campbel, já ocupou o cargo de procurador-geral do estado e chegou a integrar listas de indicados outras vezes.

Entre os nomes cogitados também estão o de Mario Sarrubbo, procurador-geral de Justiça de São Paulo que tem o apoio do ministro do STJ Herman Benjamin, o do procurador de Goiás Benedito Torres, irmão de Demóstenes Torres. Dos candidatos aventados, duas mulheres se destacam: Raquel Dodge, que foi procuradora-geral da República no governo do presidente Michel Temer; e Ivana Farina Navarrete Pena, presidente da Comissão de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do MP de Goiás.

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— É preciso que os escolhidos tenham, além de conhecimento jurídico e idoneidade moral, compromisso com o bem público, para poderem decidir com imparcialidade e independência, conforme a legislação e as provas constantes dos processos — pontua o juiz Frederico Mendes Júnior, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Para a vaga de Assusete Magalhães, são esperadas as candidaturas de desembargadores federais de todo o país. Entre os nomes fortes, está o do maranhense Ney Bello, do TRF-1 (Distrito Federal e outros 14 estados), ligado a Flávio Dino. Ainda figuram do páreo Marcos Augusto de Sousa, Carlos Brandão e Daniele Costa, todos também do TRF-1, e Rogério Fialho, do TRF-5 (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Do TRF-4 (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), um dos nomes que estariam na disputa no STJ é do desembargador Rogerio Favreto, que em 2018, em caráter liminar, deferiu o pedido de habeas corpus feito por Lula e determinou a suspensão da execução provisória da pena e a soltura do presidente. Os desembargadores Aluisio Mendes, do TRF-2 (Rio e Espírito Santo), apoiado pelo ministro Luiz Fux, do STF; Nildo Toldo, do TRF-3 (São Paulo e Mato Grosso do Sul); e Mônica Sifudentes, presidente do TRF-6 (Minas Gerais), também figurariam entre os pré-candidatos a vaga de Magalhães.

Vagas para advogados

Para a vaga de ministro aberta no TST, o Conselho Federal da OAB definiu, na semana passada, a lista sêxtupla de candidatos destinados à advocacia através do chamado Quinto Constitucional, que determina que um quinto dos integrantes do Corte seja de advogados e membros do Ministério Público, e não por juízes de carreira. Foram escolhidos pelos conselheiros, por ordem de votação: Antônio Gonçalves, Natasha Deschoolmeester, Rosilene Morais, Adriano Avelino, Raimar Machado e Emmanoel Pereira.

Para as cinco vagas em aberto no TRF-1, 2 e 3, também já houve a votação das listas pela OAB e é aguardada a escolha dos nomes nos respectivos tribunais. No TRF-1, entre os candidatos de maior destaque estão os dos advogados Flávio Jardim, apoiado por Gilmar Mendes, e Eduardo Martins, filho do ministro do STJ Humberto Martins. No TRF-2, sobressai Alfredo de Souza, defendido pelo ministro do STJ Marco Aurélio Belizze.

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