Aumento da passagem do ônibus e metrô em BH tem briga judicial entre deputados, Zema e prefeito

Pré-candidato do PT à prefeitura da capital, Rogério Correia, acionou a Justiça após anúncio do reajuste das tarifas, que entrou em vigor nesta sexta-feira

Por — Rio de Janeiro


O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman Silvia Zamboni / Valor/ TV Globo/ Prefeitura de Belo Horizonte / Divulgação

O aumento das passagens de ônibus e metrô na região metropolitana de Belo Horizonte, que entraram em vigor nesta sexta-feira, se tornou motivo para uma briga judicial entre deputados da oposição, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD). No metrô, a tarifa sofreu um reajuste de 7,15%, passando de R$ 7,20 para R$ 7,70. Já nos ônibus, o aumento foi de 16%, de R$ 4,50 para R$ 5,25.

Após o anúncio de que as tarifas seriam reajustadas, o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte pelo PT, Rogério Correia, acionou o Tribunal de Justiça (TJMG) contra seus adversários políticos. A ação foi protocolada junto as deputadas estaduais Lohanna França (PV), Beatriz Cerqueira (PT), Andreia de Jesus (PT) e Macaé Evaristo (PT) e os vereadores Bruno Pedralva (PT) e Pedro Patrus (PT).

— É um aumento injustificável e que afetará uma enorme massa de trabalhadores de 34 municípios que necessitam circular diariamente pela Grande BH, em veículos completamente precários — disse Rogério Correia.

Nesta quinta-feira, a Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte concedeu a liminar suspendendo o aumento das passagens. "Há indícios que tal valor se encontra desproporcional, sendo necessário a realização de cálculos/pericia para apurar a real necessidade do aumento de passagens", dizia trecho da decisão.

A gestão de Fuad Noman, contudo, recorreu ao TJMG que derrubou a liminar nesta madrugada. O desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, que preside o tribunal, defendeu que o Judiciário deve se restringir ao juízo de legalidade e abusividade das ações do Executivo, o que em sua avaliação não foi cometido. Ao GLOBO, Rogério Correia afirmou não ter tido acesso ao documento assinado pelo presidente do TJMG e afirmou que os parlamentares da oposição irão recorrer.

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