Moraes ironiza crítica durante julgamento do TSE: 'Em Nárnia não tem democracia'; veja o vídeo

Presidente da Corte comentou fala sobre ele lida durante sessão

Por — Brasília


O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante sessão Cristiano Mariz/Agência O Globo/30-06-2023

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ironizou um comentário crítico sobre ele lido durante uma sessão da Corte desta quinta-feira. A representação analisada no julgamento citava um comentário que diz que no "mundo de Nárnia", "onde o Alexandre de Moraes é o defensor da democracia". Moraes então interrompeu a leitura para rebater dizendo que no mundo fantástico não há democracia, porque o local é governado pelo leão Aslan.

A situação ocorreu durante julgamento de uma representação apresentada pela coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o economista Rodrigo Constantino e a rádio Jovem Pan. Em trecho lido pelo ministro Raul Aráujo, Constatino fala sobre outro comentarista da emissora, Fábio Piperno.

— "O Piperno vive no mundo da Lua", quem está dizendo é o Constantino, não sou eu. "Este mundo de Nárnia, onde o Alexandre de Moraes é o defensor da democracia" — afirmou Araújo, lendo a transcrição.

Em julgamento do TSE, Alexandre de Morais ironiza: 'Em Nárnia não tem democracia'

Moraes, então, interrompeu e comentou, em tom irônico:

— Gostaria só de lembrar que em Nárnia não há democracia, porque Aslan, que é o leão, que é o rei. Só para recordar ao agressor.

O presidente do TSE fez referência à série de livros "As crônicas de Nárnia", escrita por C. S. Lewis e lançada entre 1950 e 1956, também adaptada para três filmes. Aslan é um ser mítico que habita o mundo mágico.

Na representação, a coligação de Lula afirma que a Jovem Pan e Constantino apresentaram informações falsas sobre o então candidato durante a campanha. O relator, ministro Benedito Gonçalves, votou pela aplicação de uma multa de R$ 30 mil e foi seguido por Moraes. Nesta quinta, Araújo votou para rejeitar a representação. A ministra Cármen Lúcia pediu vista e o julgamento foi interrompido.

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