Nunes Marques autoriza inquérito para investigar suposta ameaça de Bivar a Rueda

Os dois protagonizaram um embate pela sucessão do União Brasil


O ministro Nunes Marques, durante sessão da Segunda Turma do STF Carlos Moura/STF/19-09-2023

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar o deputado federal Luciano Bivar (União-PE) por suposta ameaça a Antônio Rueda, presidente do União Brasil.

Na decisão, o magistrado afirma acolher o requerimento feito pelo Ministério Público Federal e determina o encaminhamento dos autos à autoridade policial para a realização de diligências.

Em uma representação criminal encaminhada à Polícia Civil do Distrito Federal, Rueda afirmou ter sido ameaçado por Bivar, que o teria atacado para “destruir sua reputação e imagem pública”, chegando até a dirigir ameaças a seus familiares. Os dois protagonizam um embate pela sucessão do União Brasil.

Na representação criminal, assinada por Rueda em 28 de fevereiro, ele se apresentava como vice-presidente da legenda e explicava que encontrava-se em curso o processo decisório (eleições internas) que escolheria a nova direção nacional do partido, com assembleia convocada para a ocorrer no dia seguinte. Ele dizia ainda estar participando da inscrição de chapa concorrendo ao cargo de presidente.

Rueda afirmava que, com a proximidade das eleições partidárias, houve a ruptura definitiva dos antigos correligionários, notadamente diante da inscrição de chapa própria no certame interno, momento a partir do qual Bivar teria passado a “enviar ameaças veladas através de interlocutores, no sentido de que destruiria a sua reputação e imagem pública, com o deliberado propósito de constrange-lo à desistência do certame”.

No documento, Rueda ainda diz que, “atormentado com essas investidas”, teria passado a “tentar compor”com Bivar, a partir do debate amigável e do diálogo. Mesmo com os tais esforços, por volta de 23h do dia 26 de fevereiro, ele acusa o adversário a dirigir ameaças direta a ele, a sua filha, bem como “a família como um todo”.

“Os fatos são graves e atentam diretamente contra a incolumidade moral e liberdade pessoal do representante e de sua filha - criança contando com apenas dez anos de idade - e foram capazes de lhes incutir medo e receio a si próprio e a terceiro. Tanto assim, que ambos se veem atualmente tolhidos em sua liberdade pessoal, evitando saírem à rua ou viajarem para outras cidades sem a escolta de seguranças privados”, escreveu Rueda.

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