Premiação ‘é incentivo para continuar o nosso trabalho', diz Larissa Greven, da Oficina Muda, ganhadora do Faz Diferença

Empresa, que recupera peças e restos que seriam descartados por outras grifes e os transforma em roupas lindas e perfeitas, foi premiada na categoria Desenvolvimento do Rio

Por O GLOBO — Rio de Janeiro


Larissa Greven, da Oficina Muda, recebe o prêmio na categoria Desenvolvimento do Rio do diretor-geral da Editora Globo, Frederic Kachar, e do presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Foto: Alexandre Cassiano

Uma pesquisa do SEBRAE revela que a indústria da moda brasileira produz cento e setenta mil toneladas de resíduos têxteis por ano, e apenas vinte por cento são reciclados. Fundada em 2016, a Oficina Muda surgiu justamente por se incomodar com tanto desperdício. Coube ao diretor-geral da Editora Globo, Frederic Kachar, e ao presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, entregarem o Prêmio Faz Diferença, na categoria Desenvolvimento, na noite desta quarta-feira, para quem se preocupa, de maneira criativa, a reciclar, preservando o meio ambiente e a sustentabilidade da indústria da moda.

A empresa recupera peças e restos que seriam descartados por outras grifes e os transforma em roupas lindas e perfeitas. Até agora, mais de setecentas e vinte mil peças foram criadas. Daí, a importância do papel fundamental da reciclagem de maneira tão criativa. Larissa Greven, sócia fundadora da Oficina Muda, subiu ao palco para receber o Prêmio Faz Diferença 2023.

— Estou muito feliz. A gente começou lá em 2015 com três colaboradores, hoje já são 130. Esse é o grande propósito, temos muita responsabilidade ambiental. Então estou muito feliz, porque é um grande incentivo para gente continuar o nosso trabalho, ajudando outras pessoas — afirmou Larissa.

A Oficina Muda, uma multimarcas de upcycling, está avançando com um foco claro: dar uma destinação adequada ao resíduo têxtil da indústria de moda. Além de ressignificar peças que não passam pelo controle de qualidade de marcas parceiras, fazendo consertos ou modificações, a empresa começou a destinar os restos de tecidos a trezentas artesãs de 15 municípios do Estado do Rio de Janeiro através do Projeto Retalhos. Essa iniciativa gerou uma renda de dois milhões e setecentos mil reais no ano passado.

O Prêmio Faz Diferença é uma realização do jornal O GLOBO, com patrocínio da Firjan SESI e apoio da Naturgy.

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