História das escolas de samba é contada em livro de Candeia e Isnard Araújo

'As informações são um verdadeiro testamento', diz a cantora Teresa Cristina. Relançamento da obra é neste sábado (14) no Museu do Samba, na Mangueira

Por — Rio de Janeiro


O sambista Candeia fez uma crítica ao que chamou de descaracterização das escolas de samba Divulgação

O Museu do Samba orgulhosamente apresenta o lançamento de uma edição repaginada do livro “Escola de samba: árvore que esqueceu a raiz”, de Antônio Candeia Filho e Isnard Araújo. O evento que celebra a obra assinada pelo cantor, compositor e integrante da ala de compositores da Portela, nascido em 1935 e morto em 1978, em parceria com Araújo (1939- 2017) , ex-integrante do departamento cultural da azul e branco de Madureira, acontece neste sábado (14), às 15h, no espaço cultural que fica na Rua Visconde de Niterói 1.296, na Mangueira. O evento marca a abertura do projeto comemorativo Carnavalize, que, com esta iniciativa, homenageia o centenário da campeoníssima do carnaval carioca. O livro custa R$ 50.

A cantora Teresa Cristina explica a importância do relançamento desta obra.

— As informações contidas neste livro são um verdadeiro testamento, são a anatomia desse terreiro de saberes populares que chamamos de escola de samba —diz.

Selma Candeia, também filha do sambista que era referência em matéria de partido alto, recorda o que motivou o seu pai a escrever esta obra em parceria com Isnard Araújo na década de 1970.

— O meu pai percebeu que havia um movimento para descaracterizar a escola de samba, que havia sido criada para reunir as pessoas que eram marginalizadas, principalmente os filhos de escravizados. Ele acreditava que a escola de samba deveria manter suas origens para preservar a cultura das suas comunidades — observa.

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