Moradores e comerciantes do Catete protestam contra sistema de funcionamento de Hotel Acolhedor

Grupo afirma que é contra o espaço de assistência social, mas alega que horários restritos provocam aglomeração na Rua Pedro Américo, incluindo usuários de drogas

Por — Rio de Janeiro


Moradores e comerciantes do Catete manifestaram nesta segunda-feira Divulgação

Moradores e comerciantes da Rua Pedro Américo, no Catete, Zona Sul do Rio, fizeram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (26), para reclamar dos serviços prestados no Hotel Acolhedor. O local faz parte de um programa da Secretaria de Estado Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, implantado há três anos, para atender a população em maior situação de vulnerabilidade.

De acordo com os manifestantes, a falta de vagas e os horários restritos de entrada no local estão levando um número cada vez maior de usuários de drogas para a rua. Os moradores e comerciantes afirmam as calçadas da pedro Américo ficam lotadas ao longo do dia, enquanto o abrigo está fechado, e que muitas pessoas ficam usando drogas no local, provocando uma sensação de insegurança e amnetando a sujeira no bairro.

— O Abrigo Acolhedor de acolhedor nao tem nada. As pessoas ficam jogadas durante o dia para tentar uma vaga à noite e um prato de comida. Muitas vezes não conseguem, o que gera conflito. Não somos contra o serviço, porém que ter um serviço de qualidade. Como o abrigo fica fechado durante o dia, muitos usam a rua para fazer necessidades e oprimem moradores pedindo dinheiro. Aumentou muito o consumo de drogas no local, que fiz a 200 metros de uma comunidade que tem tráfico. No ano passado, levamos todas essas demandas para o governo estadual em uma reunião, ficaram de resolver e até agora nada disse — declarou o morador Jonathan Richard, que trabalha com segurança privada e liderou a manifestação.

Em nota, a Secretaria de Estado Desenvolvimento Social e Direitos Humanos diz que o Hotel Acolhedor é um dos programas mais importantes da pasta e que não é um abrigo, mas sim um local onde as pessoas podem ser atendidas, acolhidas e reinseridas na vida social. A secretaria afirma, ainda, que estuda uma remodelagem neste serviço para que seja mais eficiente.

"Atualmente, só no Catete são 130 vagas diárias, o projeto não opera com lotação máxima e não há recusa no atendimento. No último ano houve uma reunião com moradores e comerciantes e moradores do Catete e, além de ser apresentado o trabalho desenvolvido no local, foi solicitada uma mudança no horário de entrada do hotel para diminuir as aglomerações nas calçadas. A medida foi atendida, e o funcionamento do Hotel Acolhedor passou de 19h para às 17h30, novidade que beneficiou os acolhidos. Também foi solicitado à Polícia Militar um reforço para a região. Vale destacar que o aumento da população de rua não se deve a localização do Hotel Acolhedor, sendo este um programa que atua justamente para acolher e também diminuir a circulação deste público nas ruas", diz a nota.

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