Se um dia o torcedor da Portela for consultado para escolher o nome do mascote da escola, com certeza será difícil negar. E é assim que, ao longo desta semana, portelenses e outros torcedores estão dando seus palpites pelo Instagram da escola, depois de convocação da azul e branco de Madureira. Neste sábado, a votação será encerrada e o resultado anunciado no domingo, dia em que a escola fará seu ensaio técnico na Marquês de Sapucaí.
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A publicação tem mais de 800 comentários e alguns nomes conhecidos não fugiram de compartilhar seus palpites. A eterna porta-bandeira, Vilma Nascimento, escolheu "Natalino", em referência a Natal da Portela, bicheiro e patrono da agremiação. Já Nilce Fran, coordenadora da ala das passistas, sugeriu "Portelinha".
Não faltaram palpites, ainda, que fizessem referência a nomes históricos da escola, como a carismática Tia Surica, atual presidente de honra da azul e branco. Personagens que já nos deixaram também foram lembrados nos cometários, como o baluarte Monarco, ou a Tia Dodô, porta-bandeira no primeiro título da escola, em 1935.
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Depois de uma enxurrada de comentários, foi preciso intervir: o perfil oficial da escola alertou aos fãs: "Amores, lembrando que o mascote é feminino... é uma águia". A votação será encerrada neste sábado e a ideia é anunciar a escolha no domingo, dia em que a escola pisa na Avenida para seu ensaio técnico.
Segundo a escola, presenças ilustres estão confirmadas, como dos atores Taís Araújo, Lázaro Ramos e Sheron Menezzes, esta última ex-rainha de bateria da escola. Em 2024, a azul e branco de Madureira levará para a Marquês de Sapucaí o enredo "Um defeito de cor".
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O desfile é baseado no livro de mesmo nome, um clássico contemporâneo narrado pela escravizada Kehinde, personagem inspirada em Luiza Mahim, mãe do poeta abolicionista Luiz Gama. Na Avenida, a Portela promete estar baseada no afeto, ancestralidade cultuada no sagrado feminino.
A ideia da escola, que tem os carnavalescos André Rodrigues e Antonio Gonzaga assinando o desfile, é pensar pela perspectiva de Luiz Gama, sonhando em uma carta em que ele responderia à sua mãe sobre o legado deixado por ela.