Um dos primeiros resultados práticos do programa de pesquisa permanente que pretende pensar soluções para os problemas do Rio de Janeiro será a criação de um site com indicadores fluminenses. A página, que deverá entrar no ar em julho, vai contar dados econômicos, sociais, de saúde e de educação, além de análises conjunturais, sendo aberto não só aos pesquisadores, mas a todos os interessados em geral.
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—Vai ser uma página pública em que toda a sociedade vai ter acesso a ela, assim como os pesquisadores, jornalistas e quem mais tiver interesse em entender a situação do estado, seu município e sua região. Tudo muito simples e acessível —explica Mauro Osório, professor da UFRJ, especialista em desenvolvimento econômico nacional e coordenador acadêmico do programa.
Lançado nesta segunda-feira pelo Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Friperj), o programa reúne dez instituições de ensino — quatro universidades federais (UFRJ, UFRRJ, UFF e Uni-Rio), duas estaduais (Uerj e Uenf), os dois institutos tecnológicos (IFF e IFRJ), Cefet e o Colégio Pedro II. Cada uma delas será representada por um professor-doutor. Eles vão se reunir mensalmente para estabelecer uma agenda de pesquisas, diagnósticos e proposições para estado em temas como segurança e saúde, entre outros.
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— A ideia é reunir as instituições em torno de um objetivo comum, que é criar propostas com base científica dessas instituições, que têm aderência em todo o estado do Rio de Janeiro e propor políticas pública para serem debatidas pela sociedade — afirma Roberto Rodrigues, reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e atual presidente da Friperj, acrescentando que as propostas vão girar em torno de questões como o desenvolvimento do estado, segurança, mobilidade, saúde, cultura e outros.
A iniciativa inclui também prêmios de teses, dissertações e trabalhos acadêmicos, concedidos a cada dois anos e voltados para o estado do Rio de Janeiro. O primeiro, concedido no ano passado, foi para uma dissertação sobre a questão das milícias, e vai entrar em fase de publicação, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Também está prevista a publicação de um dossiê sobre o Estado do Rio de Janeiro.
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Para o presidente da Faperj, Jerson Lima da Silva, a originalidade do programa está no fato de reunir dez instituições — a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também será convidada a participar — federais e estaduais:
—No Brasil, 90% da produção de conhecimento é feita pelas universidades. E aí quando as universidades se juntam e podem, por exemplo, olhar para problemas, não é nada mais natural que olhar para problemas do nosso estado. Não são poucos, são muitos, mas que a ciência, a tecnologia e a inovação têm uma capacidade muito grande de modificar, então, seja nas mais diversas áreas. Principalmente fazendo essa ponte entre que está sendo produzida de conhecimento e que pode chegar na melhoria da economia, na melhoria do emprego — exemplifica .
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Mauro Osório conclui, dizendo que o programa de pesquisa permanente terá como missão não só apontar os problemas que o estado enfrenta, mas também mostrar soluções:
— A gente quer mostrar que tem caminhos e que a população do estado do Rio de Janeiro merece ter uma vida melhor do que a que ela tem hoje — conclui.
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