Desde o último carnaval, um galo faz sucesso no entorno do Sambódromo do Rio. Batizado de Camarote II, a vida do bichinho é boa! E não deixa nada a desejar com as mordomias oferecidas nos recintos vizinhos que surgem na Marquês de Sapucaí em tempos de folia. No espaço onde vive atualmente, na Praça Onze, tem tratamento vip e com a sua imponência garbosa, cheia de penachos coloridos de fazer inveja aos esplendores costeiros das rainhas e musas do carnaval, conquistou uma legião de fãs.
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E foi justamente o carnaval que transformou Camarote II — segundo, porque, no passado, já surgiu outro galo num pós-folia — em personalidade nos jardins da 1ª e da 2ª Varas da Infância, Juventude e do Idoso, na Praça Onze. O galo bonitão surgiu no espaço no período dos desfiles das escolas de samba e, reza a lenda naquelas bandas da Cidade Nova, provavelmente fugido de alguma oferenda para fortalecer a passagem na encruzilhada que marca a linha de início dos desfiles – local sagrado, como diria o grande Laíla, da disputa cheia de axé das escolas.
Oferenda ou não, o fato é que o penoso surgiu por lá, conquistou a todos e ganhou ares de mascote do jardim, onde vive a ciscar, anunciar o dia nascendo e delatando os desavisados invasores dos canteiros. Ali, o dono do terreiro é ele! Ah, a mordomia? Milho, água fresca e total liberdade para se exibir na Sapucaí.
Movimentado caminho para o Túnel Santa Bárbara, quem passa pela Rua Benedito Hipólito consegue até flagrar alguns momentos em que o galo vai dar um "rolé" no Sambódromo. No último carnaval, inclusive, em meio a foliões e desfilantes, o galo ficava empoleirado embaixo das arquibancadas do Setor 1, chamando a atenção em meio a uma escola de samba e outra.