O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou o Projeto de Lei nº 1265/2022, que inclui o Dia do Conservadorismo no calendário oficial da cidade, de autoria dos vereadores Carlos Bolsonaro (PL), Zico (PSD), Felipe Michel (PP), Alexandre Isquierdo (União) e Rogério Amorim (União). A decisão, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, estabelece que a data será celebrada em 10 de março.
- Abordagem policial a jovens em Ipanema: Castro diz que Itamaraty só enviou ofício após ‘avacalhar’ a polícia
- PPP em unidade do Exército: Modelo de concessão do Forte de Copacabana pode ser replicado em outras instalações militares do Rio
O projeto foi aprovado em segundo turno no último mês de junho, e precisava ser sancionado pelo prefeito. Na ocasião, os vereadores deram aval ao texto de forma simbólica, ou seja, sem votação nominal.
A justifica dos parlamentares detalha que a data "tem como objetivo rememorar princípios caros ao conservadorismo, como a família, a religião, a ordem, a liberdade". Sobre o conservadorismo, o projeto detalha ainda que ele é uma "contraposição ao globalismo", que "foca na continuidade e estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de movimentos que provoquem ruptura radical da ordem estabelecida".
— O conservadorismo é uma corrente de pensamento político que defende a valorização de conceitos e princípios morais relacionados à família e aos valores cristãos. Eu pedi coautoria desta lei por entender, como cristão, a importância destes princípios. É preciso uma data para relembrar essas bases que construíram nossa sociedade e hoje são diariamente atacadas. Esta data já existe em outras cidades, portanto é natural o aproveitamento de boas iniciativas — detalhou o vereador Felipe Michel (PP) ao GLOBO.
O Dia Municipal do Conservadorismo também é proposta em outras casas legislativas. Em 2022, um projeto irmão foi aprovado em Recife, capital de Pernambuco. A ideia também foi aprovada em Curitiba, no Paraná, sendo celebrada no mesmo dia, em 10 de março. Não há um motivo específico para a escolha da data.
A reportagem também procurou os vereadores Carlos Bolsonaro (PL), Zico (PSD), Alexandre Isquierdo (União) e Rogério Amorim (União) para comentar sobre a decisão, mas não obteve resposta. O espaço segue em aberto.