A Secretaria municipal de Saúde do Rio afirmou, nesta terça-feira, que a situação em unidades na Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade, ficou crítica por causa da falta de energia elétrica em pontos da região. De acordo com a pasta, o Hospital Evandro Freire e a Maternidade Paulino Werneck operaram com geradores próprios. A falha no abastecimento afetou também a Ilha de Paquetá, onde o Hospital Manoel Arthur Villaboim está na mesma situação. A secretaria frisou que o uso de geradores próprios "aumenta consideravelmente o custo dos serviços". Às 10h, a pasta informou que a situação estava normalizada nas unidades.
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Desde a última quinta-feira moradores da Ilha se queixam do abastecimento precário. Na manhã desta segunda-feira, a Light anunciou que a energia havia sido restabelecida para 100% da Ilha, mas quem vive no local afirma que isso não aconteceu. São centenas de relatos em redes sociais com reclamações.
"Estamos sem luz em Tubiacanga, Ilha do Governador, desde 14h de ontem (segunda-feira)! Não aguentamos mais esse descaso da Light".
"E mais uma vez fui feita de otária pela Light. A luz caiu de novo na Ilha do Governador".
"Ilha do Governador ainda com picos de luz".
Na sexta-feira passada, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a Procuradoria Geral do Município está impetrando uma ação civil pública para que a Light "responda por sua negligência" e que o Procon Carioca multou a empresa em R$ 13,6 milhões.
O posicionamento da Light
Em nota, a Light informou que as interrupções de energia são causadas por um defeito na rede subterrânea, ocorrido na última quinta-feira. A empresa afirmou que esquipes atuam ininterruptamente e que 80 geradores foram deslocados para atender os clientes. Segundo a nota da empresa, um novo cabo foi comprado na última sexta-feira para reparar a linha antiga, enquanto a nova está em fase de construção. Leia a íntegra do comunicado:
"A Light informa que desde 2023 vem concentrando esforços para entregar às ilhas do Governador e Paquetá o maior investimento em modernização de rede de energia elétrica das últimas décadas. Com aporte de mais de R$ 300 milhões, conforme previsto em seu plano de investimentos para 2024, a concessionária segue trabalhando com mais de 200 profissionais de várias áreas e equipamentos de última geração para a renovação completa da rede e a ampliação da capacidade de distribuição de energia da região.
Em novembro deste ano, quando a maior parte dos serviços estiver concluída, a região terá uma nova linha de transmissão para o fornecimento de energia, com qualidade e capacidade comparáveis às melhores do país. As obras estão previstas para serem totalmente finalizadas até dezembro de 2025. Em paralelo a essa grande obra de modernização, a Light também está trabalhando no reparo da linha antiga, que deve ser finalizado na primeira semana de agosto.
Quanto às interrupções causadas por um defeito na rede subterrânea na última quinta-feira (18/07), a empresa esclarece que vem atuando em esquema 24x7 com técnicos de várias áreas; 80 geradores para atender clientes em campo, incluindo três grupos de geradores dedicados ao Galeão; e mais duas usinas de geradores com 100 grupos do equipamento nas duas subestações. Além disso, a Light também instalou três circuitos de média tensão novos que atendem 40% dos clientes. Na última sexta (19/07), um novo cabo foi comprado para reparar a linha antiga, enquanto a nova está em fase de construção, para estabilizar o sistema".
O que diz o diretor da Light
Em um vídeo enviado para o Bom Dia Rio, da TV Globo, Rodrigo Brandão, diretor da Light, disse que a empresa trabalha para que, ao longo desta terça-feira, o fornecimento de energia seja 100% normalizado:
"Em relação à retomada da energia, da normalidade na Ilha do Governador temos hoje cem unidades geradoras posicionadas e, ao longo do dia de hoje, vamos instalar mais 40 unidades geradoras. Desde o início das obras construímos três circuitos de média tensão que alimentam aproximadamente 50% da carga da Ilha do Governador. Os geradores preenchem os outros 50%. A gente está fazendo ajustes em regiões que ficam um pouco menos atendidas para que, ao longo do dia de hoje, a gente tenha 100% da região normalizada".