Suspeito de espancar médica até ela desmaiar, em Copacabana, se escondeu em armário para tentar evitar prisão

João Phelippe de Souza Melo teve a prisão decretada pela Justiça; vítima segue internada

Por — Rio de Janeiro


João Phelippe ao chegar à 13ª DP acompanhado de um policial Reprodução

RESUMO

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GERADO EM: 31/07/2024 - 13:45

Suspeito se esconde em armário após agredir ex-namorada em Copacabana

Em Copacabana, João Phelippe se esconde em armário para evitar prisão após agredir ex-namorada, uma médica, com socos e puxões de cabelo. Vítima teve traumatismo craniano e fraturas. Suspeito é preso. Imagens mostram ele levando joias. Audiência de custódia aguardada. Vítima segue internada. Medidas protetivas de distanciamento decretadas.

Suspeito de espancar a ex-namorada com socos, chutes e puxões de cabelo até ela desmaiar, no dia 13 de julho, em uma cobertura, onde a vítima mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, João Phelippe de Souza Melo, de 40 anos, vinha sendo procurado pela polícia desde o último dia 25, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por crimes de roubo, violência doméstica, cárcere privado e lesão corporal gravíssima. Nesta terça-feira, policiais da 13ª DP (Ipanema) foram checar a informação de que o homem estava em um apartamento da mãe, num condomínio em Campo Grande, na Zona Oeste da capital. Para evitar a captura, João Phelippe chegou a se esconder num armário, em um quarto do imóvel. A tática, no entanto, não deu certo: ele acabou sendo localizado e preso pelos agentes.

Informalmente, depois de ser preso, o suspeito alegou para os policiais não lembrar de ter agredido a ex-namorada, uma médica e perita, de 54 anos. O espancamento causou traumatismo craniano e fraturas na face e nas costas da vítima. A informação sobre os ferimentos consta no despacho da juíza Daniella Alvarez Prado, do 1º Juizado de Violência Doméstica Familiar contra a Mulher, que decretou a prisão preventiva de João Phelippe.

Imagens mostram entrada e saída de suspeito de espancar médica em cobertura da Zona Sul

Imagens que estão sendo analisadas pela Polícia Civil revelam que o suspeito permaneceu na cobertura da vítima por pouco mais de uma hora. As imagens mostram João e a médica entrando num elevador às 2h52, após retornarem de um bar. Às 03h54 ele é flagrado novamente pela câmera do elevador. A gravação mostra que o suspeito está sozinho e que leva uma mochila onde estariam joias e relógios da vítima com valores estimados em torno de R$ 40 mil.

Entre os dois horários, com duração de tempo que será apurada pela polícia, a médica foi agredida com socos, chutes e puxões de cabelo. A vítima foi trancada num banheiro. João Phelippe, então, revirou a residência e fugiu levando as chaves. A médica teve que pedir ajuda a um porteiro para que um chaveiro fosse chamado.

"Com efeito, a vítima teria sido agredida, brutalmente, pelo autor do fato por meio de socos, chutes e puxões de cabelo, que lhe gerou várias fraturas na face, além de ter sido subtraída uma quantidade significativa de joias, relógios, dentre outros bens dela, e ter sido mantida em cárcere privado, ao trancá-la no interior do banheiro de sua própria residência, a fim de se evadir do local com os bens subtraídos, o que denota a gravidade dos fatos relatados", escreveu a juíza, em um trecho do despacho em que decretou a prisão preventiva.

A magistrada juíza expediu ainda medidas protetivas para a médica, proibindo que João Phelippe se aproxime dela, devendo manter uma distância mínima de 250 metros. Ele também está proibido de frequentar a casa da perita.

Audiência de custódia

A previsão é a de que João Phelippe passe por uma audiência de custódia entre esta quarta-feira e a próxima quinta-feira. Ele está preso no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde aguarda a realização da audiência. Na ocasião, um juiz vai confirmar ou não a validade da prisão feita nesta terça-feira.

Por causa das lesões, a vítima precisou passar por um procedimento cirúrgico no maxilar e segue internada no Hospital Copa D'Or com bom estado de saúde, mas sem previsão de alta. Segundo a polícia, o preso responderá por crimes de roubo, sequestro e cárcere privado, lesão corporal gravíssima e violência doméstica contra mulher.

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