A caminho do estádio do Maracanã, o deputado federal Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, teve o celular roubado na noite desta quarta-feira, como noticiou a coluna de Ancelmo Gois. O crime é recorrente na região, inclusive, como mostrou o levantamento feito pelo GLOBO, o furto do aparelho é mais praticado neste dia da semana, apontam os dados do Instituto de Segurança Púbica (ISP), de janeiro a junho deste ano.
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A partida foi realizada às 20h, pouco antes do horário de pico de crimes na região, que é de 23h, em geral, momento de dispersão após as disputas. Os dados são da região do 6º BPM (Tijuca, Praça da Bandeira e Grajaú).
Bandeira de Mello ia ao Maracanã acompanhar a partida entre o Rubro-negro e o Palmeiras, pela Copa do Brasil. Como contou a coluna de Ancelmo Gois, o deputado caminhava em direção ao estádio quando começou uma confusão envolvendo torcedores e policiais militares. Segundo ele, os agentes lançaram gás de pimenta e utilizaram balas de borracha para dispersar a multidão. Neste momento, o aparelho celular foi furtado.
O patrulhamento do entorno do Maracanã era feito por policiais militares do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE). Em nota, a PM afirmou que os agentes "atuaram em uma ocorrência de tentativa de invasão a um dos acessos ao Estádio do Maracanã". Segundo o comando da unidade, "um grupo de torcedores sem ingressos tentou invadir um dos acessos ao estádio minutos antes do início da partida, sendo necessário o uso de armamento com menor potencial ofensivo (Spray). A tentativa de invasão foi contida pelos policiais. Não houve registro de feridos na ação", diz outro trecho. O policiamento permaneceu reforçado na região.
O furto de aparelhos também figura entre os principais crimes registrados na Zona Sul da cidade, atrás, apenas, de casos de estelionato. O dia e horário, no entanto, são outros. No Leblon, o mais comum é que os casos aconteçam aos domingos, às 22h. Em Copacabana é no mesmo dia, porém um pouco mais tarde, às 23h. Em Botafogo, o mais comum é no sábado, às 20h e às 22h.
Na área do 5º BPM (Praça da Harmonia), que inclui a Lapa, Santa Tereza, Praça Mauá e Praça da República, por exemplo, os roubos de celular tendem a ocorrer nas madrugadas de domingo, entre 0h e 3h, justo quando os bares da região próxima aos Arcos estão lotadas de cariocas e turistas.
Por outro lado, na Zona Oeste, no 31º BPM (Recreio e Barra da Tijuca), no 18º BPM (Jacarepaguá, Taquara, Tanque e Campinho), 14º BPM (Gericinó, Bangu e Realengo) e 40º BPM (Campo Grande), apesar do estelionato ser o crime mais presente, a ameaça e a lesão corporal vêm logo em seguida. Na Barra e no Recreio, o estelionato é comum às quartas-feiras, à 0h, e a ameaça às sextas-feiras, às 12h. Em Jacarepaguá, os golpes, em sua maioria, são aplicados às quintas-feiras, às 10h, e as ameaças são feitas às quartas-feiras, às 8h, e aos domingos, às 10h.
Na região de Gericinó, o estelionato ocorre também nas manhãs de quinta, às 10h, e o crime de lesão atinge seus picos aos finais de semana: aos sábados, às 8h, e aos domingos, à meia-noite. Em Campo Grande, o estelionato tem a maior parte dos registros concentrada às terças-feiras, às 12h, e as ameaças às quartas-feiras, no mesmo horário.