Barbie com síndrome de Down, cadeira de rodas e vitiligo: os modelos da boneca representativos; veja vídeo

Mattel, fabricante da boneca, anunciou nesta sexta-feira a nova edição da Barbie, idealizada em conjunto com a Sociedade Nacional de Síndrome de Down

Por O GLOBO — Rio de Janeiro


Barbie com síndrome de Down, com vitiligo, com cadeira de rodas e prótese. Divulgação / Mattel

A fabricante da Barbie, a Mattel, anunciou nesta terça-feira a primeira edição da boneca com síndrome de Down. Com detalhes físicos e nas roupas que remetem ao diagnóstico, a nova Barbie foi idealizada em conjunto com a Sociedade Nacional de Síndrome de Down dos Estados Unidos (NDSS, da sigla em inglês) para “permitir que ainda mais crianças se vejam” nas bonecas.

“Nosso objetivo é permitir que todas as crianças se vejam na Barbie, ao mesmo tempo em que as incentivamos a brincar com bonecas que não se parecem com elas. Brincar de boneca fora da experiência vivida pela criança pode ensinar compreensão e construir um maior senso de empatia, levando a um mundo mais receptivo”, disse Lisa McKnight, vice-presidente executiva e chefe global da Barbie. & Bonecas, da Mattel, em comunicado.

O presidente da NDSS, Kandi Pickard, celebrou a criação da nova boneca, o que afirma ser um “lembrete de que nunca podemos subestimar o poder da representatividade”.

“Isso significa muito para nossa comunidade, que pela primeira vez pode brincar com uma boneca Barbie que se parece com eles. Esta Barbie serve como um lembrete de que nunca devemos subestimar o poder da representatividade. É um grande passo para a inclusão e um momento que estamos comemorando”, afirmou.

Veja a nova Barbie com síndrome de Down:

Boneca se junta a outras que buscam aumentar a representatividade

A nova edição conta com alguns detalhes que buscam remeter às pessoas com síndrome de Down. Segundo a Mattel, eles envolvem uma nova forma de rosto, uma altura menor e um torso mais longo. “A nova escultura facial apresenta uma forma mais arredondada, orelhas menores e uma ponte nasal plana, enquanto os olhos são ligeiramente oblíquos em forma de amêndoa”, diz a fabricante.

Além disso, a estampa do vestido da boneca carrega borboletas e cores amarelas e azuis, “que são símbolos e cores associadas à consciência da síndrome de Down”. O colar também carrega três setas em referência às três cópias do cromossomo 21, genética que caracteriza o diagnóstico. Por fim, a boneca utiliza órteses, que são aparelhos para conferir apoio, nos tornozelos, um item que algumas pessoas com síndrome de Down utilizam.

Além de síndrome de Down, veja outras Barbies que buscam ampliar a representatividade

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Bonecas com vitiligo, cadeira de rodas, aparelho auditivo e prótese na perna são alguns dos modelos.

A Barbie não é a primeira a trazer uma representatividade de grupos socialmente marginalizados. Quase seis décadas após seu lançamento, em 2015, a Mattel lançou uma linha chamada Barbies Fashionistas que trazia 23 bonecas diferentes com oito tons de pele, 14 estruturas faciais, 22 penteados, 23 cores de cabelo e 18 cores de olhos.

Em 2019, ela ampliou a coleção com bonecas com deficiências físicas. Entre elas, Barbies com cadeira de roda, com prótese na perna, com vitiligo, com aparelhos auditivos e sem cabelos – para representar todos os diagnósticos que podem levar à perda dos fios.

“Como marca, podemos elevar a conversa em torno de deficiências físicas, incluindo-as em nossa linha de bonecas de moda para mostrar ainda mais uma visão multidimensional de beleza e moda“, disse a companhia em comunicado na época.

Segundo a Mattel, na edição de 2023 da Barbie Fashionistas, além da adição da boneca com síndrome de Down, haverá também um Ken com perna protética.

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