Em live, médicos pedem que pessoas se vacinem contra gripe

Doença causada pelo vírus influenza avança no país e oferece sérios riscos


Live debate a importância da vacinação contra gripe Reprodução

O GLOBO realizou ontem a live a “Importância da vacinação contra a gripe”, que faz parte do projeto Vacina é Saúde, da Editora Globo. O debate teve patrocínio da GSK e a transmissão foi feita pelo YouTube e Facebook do jornal.

A transmissão foi a segunda de uma série que discute temas relacionados à vacinação. Em outubro, foi realizado o encontro “Os desafios para aumentar a cobertura vacinal no Brasil”.

Participaram do debate a geriatra da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Maisa Kairalla, o presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, Alexandre Kalache, e o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. A mediação ficou a cargo da jornalista Constança Tatsch, editora assistente de Saúde do GLOBO.

Durante o encontro, os médicos reforçaram os riscos da gripe e defenderam que toda a população busque se vacinar.

— A Covid nunca foi uma gripezinha e nem o influenza perdeu sua importância. As pessoas se equivocam quando pensam assim. A gente tinha certeza que todos iam se vacinar muito frente ao que aconteceu na pandemia, mas hoje novamente as pessoas se esquecem da necessidade de se imunizar — diz Kairalla. — Gripe é séria e qualquer doença infectocontagiosa é séria porque aumenta a chance de hospitalização, esses pacientes perdem qualidade de vida e pioram funcionalmente, o que é muito ruim.

Kalache reforçou a posição da colega:

— Quando se fala no número total de mortes no mundo, entre 400 e 600 mil é apenas uma forma de medir o impacto de uma doença como a gripe. Tem que somar a isso a perda de produtividade, o absenteísmo no trabalho, o impacto no desenvolvimento das crianças... E para quem trabalha com longevidade, além da mortalidade, preocupa o impacto de agravar doenças preexistentes. Infelizmente, no Brasil, nós, que já formos exemplo, retrocedemos na vacinação— afirmou Kalache.

Além disso, ele alerta para a sobrecarga no sistema hospitalar por pessoas com quadros provocados por influenza, num país em que todo o sistema de saúde já está sob estresse.

Naime Barbosa informou que mesmo antes dos meses frios, a gripe já está se alastrando pelo país.

— Ainda que possa parecer algo sem maiores consequências, a infecção pelo influenza é importante causa de hospitalização e morte em populações mais vulneráveis. Dados do Infogripe, da Fiocruz, do comecinho de abril, mostram que estamos tendo um aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), aquela pneumonia que pode acontecer pela Covid mas também pela gripe, e um aumento exponencial da circulação do influenza.

O grupo prioritário, que pode se vacinar nos postos, é composto por idosos, pessoas imunodeprimidas, gestantes e puérperas, pessoas com comorbidades e crianças com menos de 5 anos.

— Esse é o alvo da campanha do SUS, mas qualquer pessoa pode e deve procurar a vacina na rede privada para evitar ficar doente, não poder trabalhar ou mesmo transmitir para outras pessoas — explicou o infectologista.

A live terminou com um chamamento de Kalache para que todos perguntem aos idosos com quem convivem sobre se já se vacinaram, incentivando as pessoas próximas a buscarem sua dose.

O conteúdo segue disponível no YouTube e no Facebook do GLOBO, para que seja revisto ou compartilhado

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