A exposição "TransforMAR" chegará, no próximo dia 21, a São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde permanecerá por dois meses. O trabalho tem objetivo de divulgar o serviço de limpeza realizado por pescadores artesanais na própria cidade, mas também nos municípios de Itaboraí e Magé. A mostra, considerada pelos organizadores como uma "grande aula de educação ambiental", é uma iniciativa da Federação de Pescadores do Estado do Rio (Feperj), num desdobramento do projeto Águas da Guanabara.
- Meta de desmatamento zero: Estado do Rio perde menos verde, mas Mata Atlântica ainda é desmatada ilegalmente
- Redescoberta: Recuperação ambiental na Região dos Lagos movimenta turismo, fomenta esportes e aquece economia local
A exposição contará com dois ambientes. O primeiro deles exibirá 36 imagens selecionadas, que registram as atividades realizadas pelo projeto, incluindo o campo, a ação de saúde e a educação ambiental. Os visitantes poderão contemplar espécies de peixes capturadas pelos pescadores, catalogadas por pesquisadores em arrastos científicos realizados na Baía de Guanabara.
Já o segundo ambiente da exposição será mais lúdico, com, por exemplo, um barco de madeira usado pelos pescadores para a limpeza da Baía de Guanabara. Os visitantes, que incluem alunos de escolas públicas e particulares, poderão fazer perguntas, tirar dúvidas e também fotografar. Toda semana haverá uma surpresa para quem visitar a exposição, garantem os organizadores.
— O Projeto Águas da Guanabara é uma iniciativa intermunicipal, capitaneada pela Federação dos Pescadores do Estado do Rio, através de suas Colônias de Pescadores Z-8 e Z-9, que têm como objetivo monitorar o comportamento dos resíduos sólidos na Baía de Guanabara, removê-los, regenerar os ambientes marinhos degradados e buscar manter os pescadores artesanais na atividade de origem a partir da melhoria da condição de trabalho e renda — observa Luiz Cláudio Furtado, presidente da Feperj.
Em dois anos, já foram oferecidas cerca de 850 vagas para participação no projeto e mais de 800 toneladas de resíduos sólidos foram removidas.
A iniciativa é apoiada pela Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Secretaria estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), além das prefeituras de São Gonçalo, Magé e Itaboraí.
A exposição passará dois meses no São Gonçalo Shopping (Rodovia Niterói-Manilha 100), com início no próximo dia 21.