Crítica
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Por Patrícia Kogut

Quarta-feira, às 18h, chegam novos capítulos de “Todas as flores” ao Globoplay. A agitação nas redes começa de manhã. Como comentou a jornalista Leilane Neubarth no perfil da coluna no Instagram: “Difícil mesmo é não ver os cinco logo. Eu não consigo parar e fico chateada quando acaba. Louca para ver mais”. Jackson Antunes também comentou: “Todo mundo aflito à espera de novos capítulos, é verdade”. E um seguidor respondeu a ele: “Quando Galo está em cena, os espectadores ficam com raiva da maldade. Que papel bem-feito, você se entregou de verdade”.

Assim, a trama de João Emanuel Carneiro dirigida por Carlos Araújo vem subvertendo comportamentos. O público noveleiro acostumado há décadas a acompanhar suas histórias em horário de grade se transferiu para o Globoplay. E vem consumindo o folhetim em ritmo de maratona.Era um risco antes da estreia. Agora, virou uma novidade estabelecida. “Todas as flores” está fazendo História. Há uma outra etapa pela frente a ser vencida. A trama vai sofrer uma interrupção depois de 45 episódios. E voltará em fins de março/começo de abril (data ainda indeterminada) para mais 40 capítulos. Será que esses espectadores se reconectarão imediatamente com o enredo? Minha aposta é que sim. A conferir.

Toda essa mudança faz pensar na palavra “telessérie”, um neologismo que os dicionaristas do “Houaiss” prometem incluir nas próximas edições. Ela não se refere apenas a uma “novela mais curta”. Há um sentido amplo embutido nesse novo formato. Para fisgar seu público, “Todas as flores” conta com mais do que a estrutura de um melodrama. Como obras anteriores de Carneiro — “A favorita” e “Avenida Brasil” —, ela tem muita ação e suspense. O estilo do autor é vocacionado para o streaming. É como escreveu uma seguidora: “Fico me controlando para não assistir a tudo de uma vez para depois não cair na abstinência”.

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