Crítica
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Por Patrícia Kogut

“Yellowstone” mostra paisagens lindas, que se abrem para pastos imensos, montanhas nevadas e estradas de terra desertas. Mas se passa num universo insular. É numa fazenda na remota Montana que se concentra grande parte da ação. O enredo protagonizado por Kevin Costner tem poucos personagens centrais e muito drama familiar pesado. É campeã de audiência nos EUA hoje.

Em vez da multiplicação de núcleos, seu criador, Taylor Sheridan, fez melhor. Desenvolveu spin-offs que retratam o passado daqueles personagens. Depois de “1883”, lançada em 2021, agora é vez de “1923” chegar à Paramount+. Do ponto de vista de roteiro, é uma saída muito original. São tramas independentes, mas que, para ganharem musculatura e um sentido maior, devem ser assistidas simultaneamente. Elas contribuem com força igual para formar um banquete ainda mais farto e saboroso. Como estratégia também é uma novidade a que vale prestar atenção.

Como as demais produções, “1923” tem elenco de primeira. Helen Mirren faz sua estreia na televisão como a irlandesa Cara, antepassada de John Dutton (Costner). Ela é casada com Jacob Dutton (Harisson Ford). Ele também administra suas terras com dedicação e muito suor. Tem um papel na sociedade local: é o xerife. Um de seus inimigos é o escocês Banner Creighton (Jerome Flynn). Jacob o proíbe de levar ovelhas para pastar no rancho e abre uma guerra. Sua tarefa não é fácil. A Lei Seca, as pragas que assolam as plantações e as disputas territoriais movimentam o primeiro episódio. É um período histórico conturbado.

A narração de Isabel May, que estrelou “1883” (leia a crítica), é um estratagema interessante para resumir a ideia de que tudo se conecta na franquia “Yellowstone”.

A “Yellowstonolândia” é deliciosa. Recomendo todas com entusiasmo igual (há muitas críticas delas aqui no site).

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