Crítica
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Por Patrícia Kogut

Mais recente spin-off da franquia “Yellowstone”, “1923” também promete maior carga de melodrama. O segundo episódio da série chegou à Paramount+ esta semana e merece a sua atenção.

Os protagonistas são antepassados de John Dutton (Kevin Costner, o patriarca de “Yellowstone”). A ação se desenrola, como o título indica, no início do século XX. Cara (Helen Mirren) e Jacob (Harrison Ford) cuidam da fazenda de Montana com diligência e muito suor. A vida no campo é duríssima. Numa certa altura do capítulo, depois de assassinar um grupo de invasores de suas terras, Jacob filosofa: “O perigo não são as doenças e as intempéries. O perigo é o homem que quer roubar suas propriedades. Sempre foi assim. Todas as civilizações são construídas em cima das ruínas de outras, que perderam a guerra”. O pensamento territorialista e belicoso resume o motto que os Dutton conservarão através das gerações.

A violência que pautou os pioneiros do Oeste também é retratada em outro núcleo, um internato de freiras erguido no meio do nada. Lá, as religiosas evangelizam meninas das tribos locais. As moças apanham enquanto são “treinadas” para absorverem o ideário colonialista. Muitas não resistem às surras. É difícil de assistir.

Um terceiro núcleo fica na África. É ele que faz “1923” diferente de “Yellowstone” e de “1883”, que se concentram na América profunda. Spencer (Brandon Sklenar) é sobrinho de Jacob e trabalha para o protetorado britânico em Nairóbi. Ele lutou na Primeira Guerra, tem pesadelos com os horrores do campo de batalha e atua protegendo turistas ricos em acampamentos na savana. Neste segundo episódio, ele protagoniza pelo menos duas sequências impactantes. Na primeira, mata dois leopardos. Na outra, conhece Alexandra (Julia Schlaepfer), uma jovem noiva de um rapaz que não ama. Os dois se apaixonam, e ela que foge com ele.

A série promete emoções variadas.

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