Crítica
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Por Patrícia Kogut

Que “Vai na fé” caiu no gosto do público todo mundo sabe: os números provam e a repercussão nas redes sociais, também. A novela de Rosane Svartman dirigida por Paulo Silvestrini é uma concentração de ventos favoráveis. Tem uma trama envolvente, elenco de talentos e trilha cativante, entre muitas outras qualidades. Uma das razões para seu êxito é também o fato de o enredo coincidir com o que os espectadores desejam ver neste momento. Em outras palavras, sua história capta e reflete o espírito do tempo. Com isso, tudo soa natural, inclusive o núcleo evangélico, um tema sensível, que a autora abraçou com delicadeza e de forma certeira e oportuna.

Os atores escalados para os papéis centrais estão brilhando. O número de jovens talentos donos de uma segurança de veteranos impressiona. Profissionais experientes se misturam a esses recém-chegados à televisão sem desníveis. Sheron Menezzes era uma velha conhecida dos espectadores, mas está surpreendendo com sua primeira protagonista.

O círculo virtuoso é grande e alcança os coadjuvantes. Cito em primeiro lugar Carla Cristina Cardoso, que interpreta Bruna, melhor amiga de Sol. A principal tarefa da atriz na trama é servir de “escada” à protagonista. Ela ouve seus desabafos, é parceira na venda de quentinhas e canta de vez em quando também para chamar a freguesia. Não é, entretanto, dona de um enredo próprio importante. Bruna é mãe de Kate (Clara Moneke), outra personagem secundária que vem chamando a atenção. Quando a novela estreou, ela era só a amiga vidrada em dinheiro de Jenifer (Bella Campos). Felizmente, vem ganhando espaço todos os dias. Agora, se envolveu com Theo (Emilio Dantas) e tem conflitos próprios. O público se empolga com esse núcleo. Finalmente, Elisa Lucinda (Marlene), a mãe de Sol, anda tendo boas cenas. Tomara que venham outras.

“Vai na fé” é muito bonitinha e merece toda a sua atenção.

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