Poucos meses depois de se despedir de "Verdades secretas" 2, Agatha Moreira já se prepara para embarcar numa nova aventura de Walcyr Carrasco. A atriz, que também trabalhou com o autor em "A dona do pedaço", foi escalada para "Terra vermelha", a nova novela dele para a faixa das 21h da Globo:
— O convite veio através do Luiz Henrique Rios (diretor artístico) há pouco tempo. Ainda não sei muita coisa. Estou curiosa, desesperada para saber como vai ser. O Luiz foi meu grande padrinho dentro da Globo. Me trouxe lá de Nova York para fazer "Malhação" há dez anos (ela era modelo). E Walcyr é o segundo maior padrinho. Me deu a oportunidade de fazer personagens que conseguiram estabelecer minha carreira. Sinto muita gratidão e estou feliz com essa parceria.
Apesar da experiência de quem emenda trabalhos desde que chegou à emissora, Agatha encara com ansiedade o início de mais um processo de criação de personagem:
— Eu já espero a crise (risos). Não tem como. Nunca vai deixar de ser dessa forma. Já sei que vou ficar naquela lenga-lenga de "não vou conseguir, não sei fazer isso".
Ao contrário de seu companheiro, Rodrigo Simas, que decidiu encerrar o vínculo de longo prazo com a Globo, Agatha assinou um contrato duradouro. Ela explica:
— Estou numa fase muito feliz dentro da empresa. Tive grandes chances de fazer papéis muito distintos. Não tenho do que reclamar. Sou grata e admiro os projetos da casa. Eles me interessam muito. Não me sinto insatisfeita artisticamente. Por isso, decidi renovar. Já o Rodrigo quer fazer outras coisas, projetos diferentes dos que vinham se apresentando para ele lá dentro, acredito. Ele agora vai estrear no teatro (em "Prazer, Hamlet"), que é algo difícil de conciliar com uma novela. Acho que estamos em momentos diferentes.
Se no aspecto profissional os caminhos seguem direções distintas, pessoalmente Agatha acredita que a sintonia é fina. Os dois estão juntos desde 2018:
— É engraçado. Estamos vivendo fases diferentes, mas é muito impressionante como não nos desconectamos. Desde outubro do ano passado, quando o Rodrigo se mudou para São Paulo (para gravar a série "As aventuras de José & Durval", do Globoplay), estamos mantendo um relacionamento à distância. Foram poucos momentos juntos na nossa casa (na Zona Oeste do Rio). Ele ficou lá até abril e, quando voltou para o Rio, eu já estava em Los Angeles, aonde fui para estudar interpretação no estúdio Ivana Chubbuck. Foi incrível. Depois, a gente conseguiu se encontrar na Espanha. Ele foi passear e eu fui fazer um curso no Estudio Corazza (também de atuação). Agora, ele está novamente em São Paulo e eu, no Rio. Mas a conexão não muda porque temos um diálogo muito bom. Acho que esse é o grande diferencial da nossa relação. Quando se está à distância, principalmente, não dá para guardar coisas. Elas precisam ser ditas.
Ela afirma que, embora a harmonia reine, os dois não deixam de atravessar períodos turbulentos:
— Um relacionamento é feito de fases. O nosso é normal como qualquer outro. Tem dia que um não está afim de olhar para a cara do outro. Tem dia que dá vontade de terminar e jogar tudo para o alto. Mas a gente tem uma conexão tão forte e bonita que está sempre tentando se ajustar e se adaptar aos sentimentos e às necessidades. Conversamos sobre tudo, sobre ter filho ou não, sobre morar juntos ou separados, se o outro sente interesse por outras pessoas ou se o interesse está aqui... Isso precisa ser dito. Outro dia a gente estava comentando que tantas pessoas se sentem sozinhas e perdidas e, enquanto isso, é tão fod* o que temos. Eu acho incrível, independentemente de estarmos longe ou perto.