Patrícia Kogut
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Por Thayná Rodrigues

Marcada para a última sexta, a entrevista com Giovanna Ewbank foi adiada para o dia seguinte porque a atriz correu até o posto de saúde com o filho caçula, Zyan (do casamento com Bruno Gagliasso), de 2 anos, para que ele conseguisse tomar vacina contra a Covid. “Chegaram 150 doses, e eu tive ir antes que acabasse. Fiquei no trânsito, era aniversário do Bless (filho do meio, de 8 anos, irmão também de Titi, de 9). Aconteceu tudo junto”, desculpou-se.

5 milhões de inscritos

A família é prioridade na vida da apresentadora de 36 anos que fez a carreira decolar após criar, há seis anos, o canal Gioh, com mais de cinco milhões de inscritos no YouTube. Hoje ela e a coapresentadora do “Quem pode, pod”, Fernanda Paes Leme, lançarão no Spotify e na plataforma de vídeos o 24º episódio do videocast que foi um dos mais buscados de 2022 no Google. Pabllo Vittar é a convidada especial do programa que já fez Giovanna e Fernanda exporem histórias pessoais, incluindo descobertas sobre a própria sexualidade.

— A gente fala sobre temas tabus sem medo. Quando comentei no “pod” que era demissexual (pessoa que se atrai sexualmente somente quando há uma conexão emocional), foi impressionante a repercussão. Eu não conhecia tanto o termo. Sempre me culpei e me cobrei por não ter tido muitos parceiros sexuais. Era uma coisa que me incomodava. “O que eu tenho de errado?”, pensava. Falava com as minhas amigas, elas contavam experiências com vários parceiros. Ficava triste porque achava que não tinha mais libido. Discutir isso fez eu me encontrar — reforça.

Fernanda Paes Leme, Pabllo Vittar e Giovanna Ewbank no especial de Natal do 'Quem pode, pod' — Foto: Alex Santana/Divulgação
Fernanda Paes Leme, Pabllo Vittar e Giovanna Ewbank no especial de Natal do 'Quem pode, pod' — Foto: Alex Santana/Divulgação

O estágio atual na comunicação é resultado de uma trajetória profissional que começou quando a paulistana tinha 14 anos. Ela já foi modelo, atriz de novelas como “Malhação” (2007) e “A favorita” (2008/2009). Uma situação de assédio nos bastidores da novela de João Emanuel Carneiro também foi revelada numa entrevista do videocast. Na época, um consagrado ator deu-lhe um “tapão na bunda”. Colegas de elenco a orientaram, então, a omitir dos chefes o que sofrera.

— Elas agiram assim pelo medo de eu sofrer retaliação. Angélica contou ter sido vítima de assédio na rua quando era jovem, Com isso, me caiu uma ficha. Lembrei de situações que também sofri. E não passava pela minha cabeça que era assédio. Se uma coisa marca e incomoda, algo de errado tem. Na conversa com a Angélica, éramos três mulheres falando sobre essa situação. Esses momentos são ricos. Fernanda se expõe, eu me exponho, o convidado se expõe em prol de algo maior que é levar informação para ao público. Seja através de pautas antimachismo ou de antirracismo e anti-homofobia. O interesse é levar informação através de uma conversa sincera, aberta por todas as partes.

Ter Fernanda Paes Leme ao lado foi uma escolha de Giovanna para favorecer o clima da entrevista.

— Nós fomos por muitos anos as entrevistadas. Então, entendemos o desconforto. Tentamos deixar o convidado o mais à vontade possível para que possa ter uma troca sincera. É pela informação e pela importância de passá-la ao público. A partir da conversa que flui, as fichas vão caindo. Às vezes a gente lê sobre assédio ou sobre racismo e se sente distante. Numa conversa aberta, quando o espectador tem acesso a vários pontos de vista de pessoas com idades, gêneros e vivências diferentes, ele pode se encaixar — argumenta a apresentadora, que tem como roteirista um profissional LGBTQIAP+, Rod.

Aliada de lutas sociais

Há cinco meses, Giovanna Ewbank virou assunto no país e no exterior após seus filhos mais velhos serem vítimas de racismo num restaurante em Portugal. O processo contra a agressora foi levado à Justiça portuguesa, e a maneira como a apresentadora defendeu as crianças ganhou repercussão.

— Houve uma audiência em novembro e haverá outra em fevereiro — diz. — Estamos fazendo acontecer. Não vamos parar.

Nesta entrevista, ao ouvir que a repórter a viu receber abraços de uma mulher e de uma criança negras num aeroporto, a comunicadora reagiu:

— O movimento antirracista está em primeiro lugar nas nossas vidas. Na minha e na do Bruno (com quem está casada há mais de dez anos). Todo o resto vem depois. Essa moça ter ido falar comigo me alivia. Foi uma conquista. É importante ser vista como aliada. Eu e ele temos nossas carreiras, mas nada é tão importante e forte na nossa vida como esse movimento. Tentamos construir isso desde a chegada da Titi (em 2016) —, que adotou a menina e o irmão no Malawi. — É para os nossos filhos, para os filhos de outras pessoas, para pessoas e crianças pretas. Nunca vamos abaixar a cabeça. Vamos seguir com sangue nos olhos, contra os racistas.

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