Marcos Pasquim fala de novo filme, conta sobre o namoro e lembra fato inusitado durante gravação de cena quente

— O filme está muito divertido. Foi incrível poder voltar a atuar com a Gloria (eles já tinham trabalhado juntos na novela “Babilônia") e conhecer a Maisa. Os temas abordados também são muito atuais, como a compulsão por compras e o conflito entre gerações. No filme, tem uma discussão sobre os jovens tomarem os lugares dos mais velhos no mercado de trabalho. Na minha área, isso não acontece. Existem papéis para todas as faixas etárias. Eu, no momento, quero fazer papéis mais maduros porque é o que condiz com a minha idade — afirma o ator, de 53 anos.

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No filme, a personagem de Gloria Pires enfrenta uma crise pessoal ao não saber lidar com o fato de a filha (Maisa) sair de casa de uma hora para outra. Pai de uma adolescente de 18 anos, Allicia, Pasquim viveu uma situação parecida no fim do ano passado. A jovem, que sempre morou perto dele, no Rio de Janeiro, e o via constantemente, se mudou para São Paulo. O ator diz que encarou bem a situação:

— É difícil e duro, claro, mas a gente cria filho para o mundo. Temos que nos conformar. Vamos continuar nos vendo, mas com menos frequência. E também nos falamos sempre.

Dedicado ao cinema nos últimos anos, o ator está longe da TV desde “O tempo não para” (2018). Ele explica que os convites cessaram:

— A minha profissão é a atuação, independentemente do formato do produto. Eu amo as peculiaridades de cada um deles, seja televisão ou cinema. Quero voltar a fazer novelas. A Globo não tem me chamado. Eu até iniciei uma negociação com a Record, mas não chegamos a um acordo.

Um dos trabalhos marcantes na Globo poderá ser revisto a partir do dia 27: a novela “Uga uga” (2000), que nunca foi reprisada, chegará ao catálogo do Globoplay. Pasquim conta que ficou muito feliz ao saber da novidade:

— Essa novela foi tão gostosa de fazer. Eu amava as cenas de feira com a Nair Bello, que interpretava a minha mãe. Tive também uma grande parceria com o Humberto Martins. Uma sequência que me marcou demais foi quando o meu personagem se reencontra com o dele, seu irmão, depois de anos. Foi muito emocionante.

A parceria entre Pasquim e Carlos Lombardi, o autor da história, se repetiu em outras produções. Uma delas foi reprisada recentemente no Viva, a minissérie “O quinto dos infernos” (2002). Por se tratar de uma atração feita para ir ao ar tarde na Globo, as sequências quentes foram mais explícitas. O ator se lembra de uma que acabou saindo do controle e gerou um momento constrangedor para ele.

— Cena de sexo é sempre algo muito delicado. Tem que ter muita conversa antes com a parceira que vai atuar com você. Essa especificamente ocorreu com uma figurante que interpretava uma escrava que se envolvia com Dom Pedro (seu personagem). Eu estava nu, ela em cima de mim. Eu estava falando o texto, e ela começou a passar o joelho em mim. De repente, me perdi completamente e a coisa saiu do controle – conta o ator, revelando que ficou excitado e precisou interromper a sequência.

Ele diz que episódios como esse são raros:

— Muita gente acha que cena de sexo é chegar, se deitar e aproveitar. Não é assim. É muito complicado. Tem umas 30 pessoas olhando pra você nu. A sua cabeça está focada no texto e em tudo o que acontece em volta.

Na vida pessoal, Pasquim vive um momento de amor e reencontro. Ele está namorando há cerca de dois anos a atriz e produtora Karla Nogueira. Os dois atuaram juntos na temporada de 1997 de “Malhação”:

— A gente namorou anos atrás, logo que eu cheguei ao Rio, e a vida acabou nos separando. Tivemos nossos casamentos depois disso e, após tanto tempo, voltamos a nos encontrar. Estamos muito felizes.