PARIS — A China manifestou-se, nesta quinta-feira, contra a participação de Taiwan na reunião anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), depois de os EUA terem sugerido, na véspera, que a ilha fosse convidada para o encontro devido à sua “experiência” no combate à Covid-19.
— Nós nos opomos firmemente à declaração emitida pelos Estados Unidos — disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. — Existe apenas uma China no mundo, e Taiwan é uma parte inalienável dela .
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quarta-feira que os EUA defendem fortemente que Taiwan participe da reunião, que será realizada de 22 a 28 de maio, em Genebra.
— Convidar Taiwan... ilustraria o compromisso da OMS com uma abordagem inclusiva. Os vírus não respeitam fronteiras — disse Blinken.
Sob pressão de Pequim, que considera a ilha como parte de seu território, Taiwan foi excluída da OMS, onde participou como observadora até 2016.
Os EUA, como a maioria dos países, não reconhecem oficialmente Taiwan, mas apoiam fortemente a ilha e enfatizam seu status "democrático" diante do que chamam de "autocracia" chinesa.
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O ex presidente dos EUA, Donald Trump, e o atual, Joe Biden, pediram — sem sucesso — a participação de Taiwan na OMS como "observador".
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O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan expressou, também nesta quinta-feira, pesar e insatisfação por ainda não ter recebido um convite para participar da reunião. O ministério agradeceu aos EUA por "liderar e colaborar com outros países com ideias semelhantes para ajudar a expandir o envolvimento internacional de Taiwan".