WASHINGTON — Os Estados Unidos superaram os 2,5 milhões de infecções por coronavírus neste sábado, após uma sequência de três dias consecutivos de recordes diários de novos casos , de acordo com o balanço feito pela Universidade Johns Hopkins. O país, que é o mais afetado pela doença no mundo hoje, está experimentando um aumento exponencial de infecções em vários estados e seu número de mortos ultrapassa 125 mil.
Ontem, um levantamento feito pelo New York Times apontou que o número de diagnósticos da doença no país aumentou 54% nas últimas duas semanas, e a Flórida vê uma piora sem precedentes da situação epidemiológica, o que levou o governador republicano Ron DeSantis a interromper a retomada das atividades econômicas no estado.
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Na quinta-feira, o Texas, também governado por um republicano, já havia anunciado uma pausa nas medidas de desconfinamento. Os governadores do Novo México e do Arizona também anunciaram providências semelhantes.
Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci chegou a emitir um alerta urgente na sexta-feira, avisando que os surtos do novo coronavírus em grande parte dos estados do Sul e do Oeste podem se espalhar pelo país. Ele apontou o distanciamento social e o uso de máscaras como responsabilidade social" dos americanos enquanto falava no primeiro briefing público da força-tarefa sobre o novo coronavírus da Casa Branca em quase dois meses.
— Você tem uma responsabilidade individual, consigo mesmo, mas tem uma responsabilidade social. Se quisermos acabar com esse surto, que ele realmente se encerre e então, quando uma vacina chegar e colocar uma pá de cal sobre o caixão, perceberemos que fizemos parte do processo — afirmou Fauci, observando que alguns estados estão se saindo melhor que outros. — Se não extinguirmos o surto, mais cedo ou mais tarde, mesmo aqueles que estão indo bem, ficarão vulneráveis à disseminação.