Mundo

EUA superam 2,5 milhões de casos de Covid-19, segundo Johns Hopkins

País experimenta aumento exponencial da doença em vários estados, enquanto número de mortos ultrapassa 125 mil
Policial em uma entrada do Central Park em Nova York, atrás de aviso para distância: com a chegada da primavera, parques tem enchido Foto: ANDREW KELLY / REUTERS
Policial em uma entrada do Central Park em Nova York, atrás de aviso para distância: com a chegada da primavera, parques tem enchido Foto: ANDREW KELLY / REUTERS

WASHINGTON — Os Estados Unidos superaram os 2,5 milhões de infecções por coronavírus neste sábado, após uma sequência de três dias consecutivos de recordes diários de novos casos , de acordo com o balanço feito pela Universidade Johns Hopkins. O país, que é o mais afetado pela doença no mundo hoje, está experimentando um aumento exponencial de infecções em vários estados e seu número de mortos ultrapassa 125 mil.

Ontem, um levantamento feito pelo New York Times apontou que o número de diagnósticos da doença no país aumentou 54% nas últimas duas semanas, e a Flórida vê uma piora sem precedentes da situação epidemiológica, o que levou o governador republicano Ron DeSantis a interromper a retomada das atividades econômicas no estado.

Coronavírus: Alavancados por EUA e Brasil, países registram recorde de novos casos em 24 horas

Na quinta-feira, o Texas, também governado por um republicano, já havia anunciado uma pausa nas medidas de desconfinamento. Os governadores do Novo México e do Arizona também anunciaram providências semelhantes.

Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci chegou a emitir um alerta urgente na sexta-feira, avisando que os surtos do novo coronavírus em grande parte dos estados do Sul e do Oeste podem se espalhar pelo país. Ele apontou o distanciamento social e o uso de máscaras como responsabilidade social" dos americanos enquanto falava no primeiro briefing público da força-tarefa sobre o novo coronavírus da Casa Branca em quase dois meses.

— Você tem uma responsabilidade individual, consigo mesmo, mas tem uma responsabilidade social. Se quisermos acabar com esse surto, que ele realmente se encerre e então, quando uma vacina chegar e colocar uma pá de cal sobre o caixão, perceberemos que fizemos parte do processo — afirmou Fauci, observando que alguns estados estão se saindo melhor que outros. — Se não extinguirmos o surto, mais cedo ou mais tarde, mesmo aqueles que estão indo bem, ficarão vulneráveis à disseminação.