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Plebiscito para nova Constituição no Chile é adiado para outubro

Amplo acordo entre partidos adia votação sobre nova Carta por causa da pandemia de coronavírus
Trabalhador da saúde desinfeta parque infantil em Santiago Foto: MARTIN BERNETTI / AFP
Trabalhador da saúde desinfeta parque infantil em Santiago Foto: MARTIN BERNETTI / AFP

SANTIAGO - Líderes da maioria dos partidos políticos do Chile concordaram em adiar para 25 de outubro o plebiscito para mudar a Constituição herdada da ditadura de Augosto Pinochet que estava previsto para 26 de abril, em função da pandemia de coronavírus.

O país já registra mais de 300 casos da doença, e as autoridades acreditam que o pico de infecções ocorra na mesma época para a qual o plebiscito estava marcado. O adiamento foi confirmado pelo presidente Sebastián Piñera.

A ideia de postergar a consulta foi defendida pelo ministro de Saúde, Jaime Mañalich, durante muito tempo, mas encontrava a resistência de alguns deputados.  A baixíssima popularidade do governo de Piñera (6%), de centro-direita, contribuía para a desconfiança com a ideia de adiamento.

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O agravamento da crise levou a um acordo entre 13 partidos da situação e da oposição, incluindo o Partido Comunista, que não assinara o pacto por uma nova Constituição no ano passado.

O plebiscito foi convocado após meses de protestos contra o sistema político e econômico do país.

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Na quarta, Piñera decretou estado de exceção por catástrofe, que terá vigência de 90 dias.

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Com isso, ele pode restringir reuniões em espaços públicos, assegurar a distribuição de bens e serviços básicos, estocar alimentos e outros bens e impor quarentenas e toques de recolher.

O governo vai poder ditar medidas para proteção de serviços de utilidade pública e limitar a locomoção das pessoas.