A Nasa divulgou, nesta segunda-feira, novos registros da Nebulosa do Anel, também conhecida como Messier 57 (M57). Localizado a cerca de 2,6 mil anos-luz da Terra, o fenômeno pode representar uma prévia do futuro do Sol daqui a cinco bilhões de anos, já que mostra as últimas etapas de vida de uma estrela distante.
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As imagens foram capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb e revelam novos detalhes da estrutura em forma de rosquinha. A M57 se originou a partir de uma estrela que liberou suas camadas externas no espaço ao chegar nos estágios finais de sua existência — e é justamente isso que faz com que ela tenha sua estrutura distinta e cores vibrantes.
Um registro semelhante capturado pelo telescópio foi divulgada no início deste mês. As novas imagens, porém, revelaram mais detalhes, incluindo seus anéis, bolhas e nuvens. Ao analisá-las, os pesquisadores esperam compreender melhor os processos complexos por trás da formação e evolução de objetos como este.
— Esta impressionante imagem revela detalhes que não pudemos observar antes — disse Mike Barlow, cientista líder do Projeto Nebulosa do Anel. — Os arcos se formaram na fase de ‘gigante vermelha’ da estrela central, antes de ela expelir a maior parte de seu material para se tornar a atual estrela anã — continuou ele.
Localizada na constelação de Lyra, a M57 é popular entre os observadores de estrelas. O que torna as nebulosas planetárias cativantes são suas variedades de formas e padrões. Assim como fogos de artifício, diferentes elementos químicos na nebulosa emitem luz de cores específicas. Isso resulta em objetos requintados e coloridos.
FOTOS: Novas imagens do James Webb mostram pontos nunca antes vistos do universo
Daqui a cinco bilhões de anos, os cientistas acreditam que o Sol terá se transformado em uma estrela gigante vermelha, mais de 100 vezes maior que seu tamanho atual. Eventualmente, ele irá expelir gás e poeira, e o núcleo se transformará em uma pequena estrela anã branca que deve brilhar por milhares de anos.
Isso provavelmente destruirá todas as formas de vida na Terra, mas ainda não é certo se o núcleo rochoso sobreviverá. O Telescópio James Webb foi lançado a partir do Centro Espacial da Guiana em 2021. O objetivo dele é olhar para trás no tempo até o início do universo.